Luiza
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Por Luiza Brasil (@mequetrefismos)

Luiza Brasil é empresária e jornalista dedicada a pautas que abordam o protagonismo racial e foco em moda, bem-estar e empreendedorismo feminino

Estou no meio de uma viagem de férias e, simplesmente, acordei com uma angustiante sensação de “aperto de mente”. Uma noite de sono turbulenta da qual se confunde a ansiedade com o jetlag e o f.o.m.o. de estar em destino totalmente novo e inusitado para a minha cultura. Mas, zapeando a minha timeline no Instagram, me deparei com o caso Klara Castanho e a sua carta aberta precisando provar algo que é impassível da aprovação alheia. Agora, somado a todos estes sentimentos, sinto uma dor terrível, acrescentada de sensações que detesto alimentar em mim como ira e raiva.

Mas, não tem como ser diferente. Diante de uma semana em que nos deparamos com a perda de direitos civis das mulheres norte-americanas, com a anulação pela Suprema Corte do direito ao aborto, após 50 anos de conquista com o caso “Roe vs Wade”, que uma menina de 11 anos em Santa Catarina, após ser estuprada, passou pelo questionamento de ter ou não a sua gravidez interrompida após ser induzida por uma juíza, entre tantos episódios outros de agressões e violências destinadas simplesmente ao nosso gênero, só me coube uma pergunta: o que é ser mulher no Brasil? O que é ser mulher no mundo?

Precisamos ser afáveis, domesticadas e, sobretudo, provedoras no que diz respeito à fertilidade? Mas se abortamos, não somos bem-vistas, se decidimos encaminhar para adoção, mesmo diante de todos os processos legais, somos execradas. A única coisa que nos cabe é aceitar o estupro com passividade e ver nas mãos de outros que não sejam a gente a decisão sobre o que fazer com os nossos corpos? Gostaria de dizer “aqui, não”! Mas por aqui, só me resta a impotência de ver tantos retrocessos.

De acordo com o DataSUS, o percentual total de estupros cresceu 50% entre os anos de 2015 e 2018, sendo de 29.979 para 45.219; com um aumento proporcional entre meninas de 10 a 14 anos (48%). Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 67,4% das mulheres grávidas em decorrência de estupro em 2011 não tiveram acesso ao serviço de aborto legal. E quando a racialidade entra nesta trágica régua, as mulheres negras sofreram 73% dos casos de violência sexual registrados no Brasil em 2017, segundo dados do estudo “A cor da violência: Uma análise dos homicídios e violência sexual na última década”, divulgado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Em horas como essa, infelizmente, nem um pingo de otimismo bate por aqui. Mas entendo que todo o sentimento de mar revolto que habita em mim neste momento precisa virar revolução e evolução. E, para mim, este movimento tem dia e local marcado, que é nas urnas. Que coloquemos mais mulheres em cargos de liderança para que consigam legislar em torno de nossas dores e direitos. Que elejamos mais candidatas racializadas, para que consigamos interseccionalizar as chegadas do feminino. Que possamos ver a posse de mais pessoas trans em Câmaras e Congressos, para que mais mulheres e pessoas com útero possam degustar com mais gentileza e tranquilidade o doce caminho para liberdade. Nossos corpos, nossas regras, mas também nossa segurança e autonomia!

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