Luiza
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Por Luiza Brasil


Não tenho a menor dúvida de que 2019 não foi fácil para ninguém. Certamente, um ano de muito improviso, rebolado, alongamento, equilíbrio de pratinhos, se virando nos 30.

Respira fundo, faz ioga, medita… Ansiedade. Faz tudo de novo. “Tô exausta!” Vamos, mais uma vez… Ainda assim, a sensação de quase enlouquecimento, de que a saúde mental irá por água abaixo, segue ali do nosso lado.

“Em 2020, precisamos construir pontes com mundos que não são necessariamente os nossos” (Foto: Getty Images e divulgação. Arte Iago Francisco) — Foto: Glamour
“Em 2020, precisamos construir pontes com mundos que não são necessariamente os nossos” (Foto: Getty Images e divulgação. Arte Iago Francisco) — Foto: Glamour

Verdade seja dita: também não posso ser injusta com um ano que, no balanço final, me trouxe tantas validações, possibilidades profissionais, estreitamento com pessoas maravilhosas que levarei para o resto da vida – e ainda o discernimento de me afastar dos humaninhos mais tóxicos. Além, claro, de algumas capas de revista e premiações (alô, Geração Glamour!). Porém, a falta de espelhamento em corpos como o meu em todos esses espaços, e eu mesma me tornar referencial de mim puxou gatilhos de sabotagem nunca vistos antes na história “dessa” Brasil. O que resultou em um burnout e na famosa síndrome da impostora. A boa notícia é: conseguimos virar esse jogo.

Se eu te disser que falar do meu “eu” nesta coluna, que vai completar dois anos, ainda é um tabu pessoal, você acredita? Contudo, a cada relato que dou sobre as minhas vivências, acabo me vendo ainda mais em mim mesma e, principalmente, em muitas outras mulheres como você e aquela nossa amiga que temos em comum. Por isso, resolvi abrir meu coração e compartilhar os cinco aprendizados mais importantes que tive ao longo deste 2019, que não foi para iniciantes:

Feito é melhor do que perfeito: não é sobre fazer de qualquer jeito ou se escorar na mediocridade. É sobre entender que o nosso perfeccionismo muitas vezes é a bomba-relógio da nossa autodestruição, pela cobrança excessiva e uma constante exigência.

Autorresiliência: sim, permita-se vez ou outra “comer bola”! Com essas mancadas, aprendemos que não sabemos absolutamente tudo nessa vida e, ainda, damos importância para o ato de pedir ajuda.

Articulação com o diferente: já entendemos que a polarização do pensamento e da opinião não dá em nada, não é mesmo? A importância de construirmos novos diálogos e nos desarmarmos para o “oponente” será a principal moeda de negociação daqui para frente. Em 2020, mais do que vivermos contornados pelos murinhos de proteção, precisamos construir pontes com mundos que não são necessariamente os nossos.

Não ter medo do reconhecimento: aceite elogios sem nenhuma modéstia. Você é f&d@!

Honestidade (com os outros e com você): mais do que dizer não, se autoanalise. Você consegue entregar as coisas naquele prazo? O quanto aquela experiência é demandante e te sobrecarrega? Não vai conseguir fazer mais? Avise! Com certeza esse senso crítico fará com que sua vida fique mais fácil. É, acho que depois de tudo e de uma boa dose de autoestima delirante, me tornei a mulher que sempre sonhei em ser. E você?

@mequetrefismos Luiza Brasil é jornalista, fashionista, crespa assumida e ativista racial. Aqui, na coluna Caixa Preta, compartilhará insights sobre moda, comportamento y otras cositas más... (Foto: Arquivo Pessoal) — Foto: Glamour
@mequetrefismos Luiza Brasil é jornalista, fashionista, crespa assumida e ativista racial. Aqui, na coluna Caixa Preta, compartilhará insights sobre moda, comportamento y otras cositas más... (Foto: Arquivo Pessoal) — Foto: Glamour
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