• Josh Dean
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Quatro problemas relacionados ao pênis (e como identificá-los) (Imagem: Luc Melanson)

Você já teve a sensação de estar com problemas no pênis e quer mais informações para cuidar da sua saúde do seu órgão? O médico Peter J. Stahl, diretor de Medicina Reprodutiva e Sexual Masculina do New York Presbyterian Hospital da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, fala sobre quatro problemas penianos e ensina o passo a passo para prevenção de doenças como o câncer de tésticulo, por exemplo.

1 - Priapismo
Uma ereção do pênis de mais de quatro horas parece desconfortável, não é mesmo?
Apesar de parecer algo vigoroso e bom para o órgão masculino, isso é um problema. Consta nos alertas das bulas de Viagra e tais quais. Stahl explica que o priapismo (como a questão é conhecida pelos médicos de bilau) é “extremamente raro”. Entretanto, caso não seja tratado imediatamente, pode haver uma interrupção do fluxo sanguíneo do pênis, resultando em falta de oxigenação e – o horror – necrose do tecido peniano.

2 - Câncer de testículo
Você já deve ter ouvido isso: faça um check-up no seu saco escrotal regularmente (leia a seguir). Esse é um dos problemas no pênis que precisa de diagnóstico precoce, principalmente se tiver fatores de risco como histórico familiar, problemas de fertilidade ou testículo não descido na infância.

3 - Doença de Peyronie
Você notou alguma diferença estética no seu pênis ereto? Talvez uma curvatura visível, um caroço ou inchaço? Pode ser a Doença de Peyronie, que atinge de 5% a 8% da população masculina. Se não for tratada, ela é progressiva e pode levar a uma “curvatura severa do pênis, a ponto de inviabilizar o sexo e a penetração”, de acordo com Stahl.

4 - DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis)
As DSTs são graves e, além de alertarmos para a melhora na sua higiene íntima, é também importante prevenir-se na hora do sexo, usar camisinha e tomar cuidado com a contaminação. Qualquer pequeno conjunto de carocinhos doloridos no seu pênis pode ser herpes, por exemplo. Verrugas provavelmente são sintoma de HPV (Vírus do papiloma humano). Um corrimento no pênis que não seja urina ou sêmen pode ser sinal de clamídia ou gonorreia. “Essas doenças são muito estigmatizadas”, diz Stahl, “mas a maioria das DSTs é totalmente tratável”.

Além do mais, com o tempo também notam-se outras doenças e problemas penianos que merecem atenção e tratamento urgente, como:

Uretrite: uma inflamação na uretra causada por vírus que pode entupir o canal urinário e causar incômodo ou muita dor, com sintomas de aviso como a presença de sangue no xixi e no sêmen, dor durante a relação sexual e de ardência ao ir ao banheiro.

Fimose: é quando a glande (pele da cabeça do pênis) não consegue ser exposta completamente por excesso de pele ou alguma disfunção do freio peniano. É comum reparar e resolver o problema quando criança, mas, por falta de diagnóstico, alguns homens chegam à fase adulta com esse problema e geralmente só conseguem reverter a situação com tratamento cirúrgico.

Balanopostite ou balanite: a doença consiste em uma inflamação da mucosa que reveste a cabeça do pênis (glande), associada, ou não, com uma infecção devido à má higienização, trauma no pênis ou alguma bactéria presente. A balanopostite atinge principalmente homens com fimose, bem como portadores da diabetes tipo 2.

Como achar caroços no pênis: passo a passo para se apalpar e detectar anomalias penianas

Faça exames nos testículos com frequência para evitar futuros problemas (Foto: Luc Melanson)

- Faça o exame no chuveiro, na banheira ou na sauna.  Nesses momentos, os músculos do escroto ou saco escrotal estão mais relaxados. Além disso, você já está pelado e fica mais fácil de fazer a autoanálise.
- Conheça suas bolas. Na parte superior traseira de cada testículo há um pequeno calombo chamado epidídimo, e é ali que o esperma fica reunido. “Muita gente nem sabe que isso existe”, diz Stahl, e acha que é um caroço.
- Coloque o dedão em cima e o indicador ou dedo médio na parte de trás do saco escrotal. Em seguida, apalpe suavemente cada um dos testículos e fique atento a diferenças – especialmente em partes que pareçam mais duras ou pesadas.
- Não entre em pânico. “A maioria das pessoas que me procura por conta de um calombo não tem incidência real de câncer no testículo”, afirma Stahl. “Em geral, essas coisas que os homens sentem não são nada, ou são benignas”.
- Dito isso, é melhor pecar pelo excesso de cuidado. “Seu limite para decidir consultar um médico deve ser relativamente baixo”, diz Stahl.