• Redação GQ
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Minoxidil Oral (Foto: Unsplash)

Minoxidil Oral (Foto: Unsplash)

Quem sofre de queda de cabelo ou calvície (a alopecia androgenética) entende o desespero que é ter os fios caindo o tempo todo. Com a chegada do Minoxidil Oral, muitos profissionais da área já começaram a fazer o protocolo de tratamento com o comprimido ao invés da loção aplicada no local "vazio".

Porém, será que ele é realmente tão eficaz quanto a aplicação direta no couro cabeludo? Será que essa troca realmente já foi estudada? Além disso, seu uso é permitido? Como ele funciona e quem pode usar? 

"Para começar a explorar o assunto, vale a pena entender as principais diferenças entre o minoxidil oral e o tópico", começa Ana Carolina Sumam, membro especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

"Em primeiro lugar, o uso da loção não é tão controlado como ocorre com o comprimido, que só consegue ser adquirido com receituário médico. Isso ocorre devido ao fato do medicamento ter uma dose específica indicada para cada paciente", responde a dermatologista.

O Minoxidil Oral age como um estimulante aos folículos capilares. Ele antecipa a troca de fios que já iriam cair por novos. Com isso, o folículo que costuma demorar três meses para liberar um novo fio, faz esse processo mais rápido.

"Na verdade, essa substituição, chamada efeito shedding, é exatamente o que se espera do medicamento. Afinal, é a troca de fios soltos por fios bons, que irão reduz o problema", observa a médica.

A especialista alerta que o tratamento é eficaz mas que precisa de cuidados, pois o medicamento deve ser usado com supervisão médica e, principalmente, com cautela por pessoas com alterações na pressão arterial. Quem sofre de doenças cardíacas, renais, ou no fígado, também devem ter atenção.

"Antes de iniciar o tratamento é recomendado a consulta com um especialista, pois cada paciente tem uma dose específica. Como todo medicamento sistêmico há necessidade de um acompanhamento para verificar a possível presença de efeitos colaterais", destaca.

Segundo Ana Carolina Sumam, é muito pequena a porcentagem dos pacientes que possuem esses efeitos colaterais, até porque o tratamento é iniciado com uma dose bem pequena

"É muito mais prático tomar um medicamento via oral do que aplicar no couro cabeludo. Eu vejo que os pacientes reclamam muito da aplicação diária, duas vezes ao dia do minoxidil tradicional, porque o cabelo pode ficar ressecado e comprometer a textura do fio. Isso não acontece com a cápsula, por isso, com ele temos maior adesão ao tratamento", conclui a dermatologista, explicando que é interessante incluir na rotina alimentar as proteínas, o ferro, as vitaminas A e C e o Zinco.