• Ademir Correa
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Marina Ruy Barbosa (Foto: Gil Inoue)

"Tive momentos em que não acreditei em mim, medos, inseguranças, início de síndrome do pânico. Mas passou." (Foto: Gil Inoue)

Em fundo branco com atmosfera solar criada pelos raios de luz artificiais que incidem em seu semblante como se estivéssemos em um verão qualquer, nossa Mulher do Ano no Prêmio GQ Men Of The Year 2018 encara as lentes em uma atuação que revela (bem mais do que esconde) suas curvas. O controle absoluto da imagem que quer passar ali – alguns lembram Jessica Chastain, outros Jessica Rabbit – é sua verdade. Todos estão hipnotizados, diga-se de passagem. Aos 23 anos, Marina Ruy Barbosa parece segura. Mas nem sempre foi assim: “Tive momentos em que não acreditei em mim, medos, inseguranças, início de síndrome do pânico. Mas passou. Entendi que eu era, sim, capaz e que tinha sempre que me manter firme para realizar meus sonhos. Não podia deixar nada nem ninguém me parar. E eu não vou deixar”, reforça.

Marina veste looks que desenvolveu com a Colcci. “A moda sempre fez parte da minha vida, está muito ligada ao meu ofício. Dividir esse meu olhar não poderia despertar outro sentimento a não ser uma grande alegria. Tem dado muito certo”. No estúdio, está concentrada, mas à vontade para mostrar uma vertente levemente apimentada de si mesma. No imaginário televisivo, é uma mocinha indefesa; em seus profiles, uma esposa apaixonada – por Xandinho Negrão – ou uma menina que, com a naturalidade de quem usa biquíni em uma temporada na Grécia, torna-se uma supermulher capaz de fazer cair o queixo dos mais atrevidos.

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O que chama a atenção em Marina é essa multiplicidade. Ela não segue à risca o que esperam dela e se movimenta ao sabor do próprio desejo. Princesa intocável? No way. Guerreira que não perde a ternura? Talvez. “Sou uma jovem que está se entendendo e se descobrindo... A gente vai amadurecendo e passa a ter mais questões. Não necessariamente problemas, mas mudança, tomada de consciência. Acho rótulo tão limitador. Somos múltiplos, mudamos, erramos, aprendemos, amadurecemos. Se ser certinha é ser profissional, dedicada e optar por um estilo de vida mais reservado, não vejo problema nenhum nisso. Mas também posso errar e as pessoas têm que estar preparadas para isso”, reconhece ao explicar sobre o que dizem dela, e o que é (pelo menos até este momento).

Marina Ruy Barbosa (Foto: Gil Inoue)

"A moda sempre fez parte da minha vida, está muito ligada ao meu ofício." (Foto: Gil Inoue)

Close up. Marina, você tem 22 segundos para chorar! Este é mais ou menos o tempo que precisa para se emocionar. Ela ri. “Nunca calculei exatamente [o time code que leva para começar a lacrimejar]. Mas um dia aceitei um desafio de um programa de TV em que tinha que chorar o mais rápido possível... O fato de fazer muita televisão e gravar 20 cenas por dia em um ritmo frenético ajuda a conhecer o corpo, entender como acessar estados com mais facilidade. No woman, no cry. Você só tem motivos para comemorar.

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Styling: Márcio e Flamínio Vicentini
Foto: Gil Inoue
Beleza: Krisna Carvalho
Assistentes de Fotografia: Renato Gonçalves, Murilo Uchoa e Guilherme Pereira
Produção executiva: Octavio Duarte
Assistente de produção: Patrick Ferreira e Moisés Augusto
Agradecimento: 3T Locadora