O ex-pugilista Éder Jofre morreu na madrugada deste domingo (2) aos 86 anos. A informação foi confirmada pela família à TV Globo. O ex-atleta estava desde março internado em uma clínica em Embu das Artes, em São Paulo, devido a uma pneumonia. As complicações geradas pela doença foram a causa da morte.
Tricampeão mundial de boxe nos pesos-pena e galo, Éder Jofre foi o maior boxeador brasileiro da categoria de todos os tempos. O sucesso lhe rendeu a alcunha de 'Galo de Ouro', dada pelo dramaturgo Benedito Ruy Barbosa, autor da versão original de 'Pantanal'.
Nascido em 26 de março de 1936 em uma família de boxeadores, Éder entrou pela primeira vez em um ringue aos quatro anos de idade com o tio, Ricardo Zumbano. Depois, ao iniciar a carreira profissional de boxeador, teve como treinador o próprio pai, Kid Jofre.
Em 1983, Éder foi eleito o melhor peso-galo do boxe contemporâneo pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC) e entrou para o Hall da Fama do boxe mundial em 1992. Em quase duas décadas como lutador profissional, acumulou 75 vitórias, sendo 52 por nocaute.
Em 2019, aos 83 anos de idade, o 'Galo de Ouro' foi reconhecido pelo WBC como o primeiro campeão mundial dos pesos-galos da entidade por conta de sua vitória sobre Katsutoshi Aoki, em 1963, no Japão. Como na época a organização não distribuía cinturões físicos aos lutadores, a honraria foi cedida apenas naquele ano.
10 Segundos Para Vencer
Em 2018, a trajetória de Éder rendeu o filme '10 Segundos Para Vencer' (disponível no Globoplay). O lutador foi interpretado por Daniel de Oliveira e seu pai, por Osmar Prado.