O empresário novaiorquino aposentado I. Roy Cohen, de 101 anos, diz em conversa ao jornal Business Insider publicada nesta sexta-feira (15) que ostenta boa saúde e o único problema recente envolvendo alguma atenção médica foi relacionada à próstata.
Cohen conta que é adepto à dieta mediterrânea, inspirada no estilo de vida de comunidades que cercam o mar de mesmo nome, rica em peixes, legumes e oleoginosas. É o mesmo hábito alimentar popular entre milionários e bilionários, como o ex-Amazon Jeff Bezos e Bryan Johnson, que ficou famoso na internet por querer fazer seu biológico se assemelhar ao de um adolescente.
Por extensão, Cohen evita alimentos processados e carne vermelha, e diz comer bastante repolho e salada. Entre refeições, prefere optar por pedaços de couve-flor, cenoura ou pimentão vermelho.
O ex-CEO da indústria farmacêutica também aposta no exercício físico, que consiste em 20 minutos de treino para pernas enquanto sentado na cama pela manhã e caminhadas entre a cozinha e a sala de estar, "ao menos 60 vezes todo dia", diz o centenário.
Ainda assim, ele não descarta o fator genético da equação: seu pai e mãe morreram aos 86 e 90 anos, respectivamente.
A literatura científica aponta que somente cerca de 20% da forma de envelhecer se relaciona à nossa genética — os outros 80% incluem fatores associados aos nossos hábitos de vida, ao ambiente em que vivemos e às escolhas que fazemos.
“Hoje ou daqui a 100 anos os pilares do envelhecimento saudável serão os mesmos: alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e vegetais; atividade física regular; sono de qualidade; estímulos cognitivos e conexões sociais; controle de doenças crônicas; e redução do uso de substâncias tóxicas, como álcool e cigarro. Não há evolução científica e tecnológica que impacte tanto nessa questão quanto seguir esses pilares”, afirma André Fattori, geriatra e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, em recente conversa com a GQ Brasil.