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Por Gabi Duarte, gshow — Rio de Janeiro


Reveja: Mariana cogita dar uma filha para José Inocêncio

Reveja: Mariana cogita dar uma filha para José Inocêncio

No remake de Renascer, assim como na versão original, Mariana (Theresa Fonseca) está dando o que falar por causa do seu comportamento dúbio e misterioso. A neta de Belarmino (Antonio Calloni) chegou na cidade despertando a paixão de João Pedro (Juan Paiva), com quem chegou a trocar beijos, e logo depois se viu cheia de amores por José Inocêncio (Marcos Palmeira), pai do rapaz e homem que ela chama de "painho".

Mesmo chegando naquelas terras prometendo se vingar de José Inocêncio pela morte de Belarmino (história que Mariana cresceu ouvindo), não demorou muito para ela se casar com o fazendeiro. Nesse início de casamento, o casal vive uma paixão tórrida com muitas declarações de amor e até mesmo, com a permanência do tal "painho" que Mariana continua se dirigindo a José Inocêncio.

Marcos Palmeira fala sobre o personagem José Inocêncio e comenta repercussão da Mariana (Theresa Fonseca) - Renascer — Foto: Globo/Léo Rosario e Globo/Paulo Belote

Em entrevista ao gshow, Marcos Palmeira opinou sobre o tratamento que Mariana dá a José Inocêncio e sobre a personalidade da personagem:

"Mariana é um personagem complexo mesmo. Ela é uma menina jovem, que não sabe o que quer. Ela veio com uma ideia na cabeça e depois ela muda. Ela gosta desse pai, mas também gosta desse filho. Não vejo nenhum problema em a Mariana chamar o José Inocêncio de 'painho', as pessoas ainda se incomodam muito com isso, mas tem uma coisa carinhosa por detrás disso."

Nas redes sociais, muitas pessoas que assistem à novela chamam Mariana de sonsa por ela ficar dividida entre João e Inocêncio. Marcos Palmeira fala sobre a sensação que a personagem causa no público e lembra da repercussão causada na época em que Adriana Esteves interpretou a Mariana na versão de 1993.

"A Adriana Esteves fez a Mariana muito bem e a Theresa Fonseca está fazendo muito bem também. E faz parte, o público confunde mesmo o personagem com a gente. Todos na novela criticam a Mariana, então, é normal que o público critique o personagem. E acho que é ponto para a Theresa, sinal que ela está muito bem, tá incomodando, como a Adriana também estava."

José Inocêncio (Marcos Palmeira) com os filhos José Augusto (Renan Monteiro), João Pedro (Juan Paiva) , José Bento (Marcello Melo Jr) e José Venâncio (Rodrigo Simas) - Renascer — Foto: Globo/Manoella Mello

Todos os protagonistas criados por Benedito Ruy Barbosa não são maniqueístas, ou seja, não carregam dentro de si uma bondade absoluta (assim como os vilões não carregam o 'mal' o tempo inteiro). Porém, em uma época em que se fala tanto na cultura do cancelamento, qualquer falha de caráter pode ser julgado sem piedade.

Marcos garante que a internet é um meio democrático, passível a abrigar diferentes opiniões, e analisa as várias camadas de José Inocêncio:

"A internet dá voz a todo mundo e todo mundo tem direito de se manifestar. O José Inocêncio é muito coerente, ele consegue enxergar muito bem a natureza, consegue enxergar muito bem essa relação com a preservação ambiental, mas não consegue enxergar a própria vida pessoal. Ele ficou muito tempo escondido, amargurado, e jogou tudo o que ele sentia na fazenda, na terra dele. Transformou essa terra em uma terra produtiva, de agrofloresta, com um cacau de alta qualidade. E, ao mesmo tempo, ele se afastou da relação humana. Ele lida melhor com a natureza do que com os próprios filhos. Foi uma opção que ele fez. Ele carrega ainda um certo machismo e uns conceitos mais antigos, mas ele está interessado em se tornar uma pessoa melhor."

José Inocêncio (Marcos Palmeira) é um fazendeiro mais preocupado com o meio ambiente no remake de Renascer — Foto: Fábio Rocha/Globo

Uma das maiores virtudes de José Inocêncio é o modo cuidadoso e responsável com que ele lida com o meio ambiente. No remake, essa qualidade ficou ainda mais evidente, desde a primeira fase da trama, quando o protagonista mostrou as suas ideias sobre o plantio do cacau.

"Esse olhar do Zé Inocêncio vem muito do Bruno Luperi. Ele e a Edmara Barbosa estão com esse olhar mais ambiental e mais agroecológico para a vida. E, claro, isso ajuda porque faz parte da minha vida também. Mas não tem uma influência minha direta, só me deixa mais em casa. Eu acho que, talvez, empresto alguma credibilidade naquilo que está sendo dito porque isso é algo que faço na minha vida como um todo", diz Marcos Palmeira.

Experiência ao apresentar documentário campeão no festival de Londres

Marcos Palmeira apresentou o documentário 'A Era dos Humanos' — Foto: Divulgação/A Era dos Humanos - Grupo Storm

Quando Marcos Palmeira fala que está em casa ao viver um José Inocêncio mais preocupado com o meio ambiente, é porque o ator é um conhecido defensor da agroecologia sustentável. Inclusive, ele coloca esse conceito em prática na sua própria propriedade.

Por se identificar com o tema, Marcos Palmeira aceitou apresentar "A Era dos Humanos", com produção do Grupo Storm, apoio Institucional do Greenpeace, e roteiro e direção de Iara Cardoso.

O documentário, disponível no Globoplay em quatro episódios, explica como os pensamentos, intuições, emoções e sentidos humanos estão por trás das mudanças climáticas. “A Era dos Humanos” também investiga temas críticos envolvendo a Floresta Amazônica, como desmatamento, mudanças climáticas, extinções em massa, energias renováveis e o papel crucial dos povos indígenas na preservação ambiental.

Iara Cardoso e Marcos Palmeira, diretora e apresentador do documentário 'A Era dos Humanos' — Foto: Divulgação/A Era dos Humanos - Grupo Storm

Em fevereiro deste ano, a série recebeu o prêmio de melhor documentário no London International Film Festival. O festival, que acontece há 20 anos e recebeu inscrições de 30 países, premiou, pela primeira vez, uma produção brasileira. Marcos comemora a vitória e opina por que ele foi o vencedor: "Ele ganhou pela qualidade do projeto. A Iara tem uma qualidade como diretora, a maneira como ela enxerga o projeto, como ela trouxe a qualidade técnica, a beleza visual, é uma fotografia muito boa e a consistência científica do projeto."

Marcos Palmeira fala sobre a importância dessa obra nos dias de hoje:

"Esse documentário é importante para inserir o ser humano na questão ambiental. É fundamental, é um outro olhar para a questão do aquecimento global, do que a gente está fazendo a natureza."

"Estamos vivendo as mudanças climáticas. Então, conseguir com o audiovisual causar um engajamento com o tema do meio ambiente é fundamental. Em "A Era dos Humanos" apostamos em unir de forma única cinema e ciência para trazer um olhar inédito que pode ajudar a mudar o curso para o qual estamos caminhando nesta era", completa a diretora e roteirista Iara Cardoso.

Profundo defensor dos temas atuais sobre meio ambiente, Marcos revela que o documentário o impactou ao conhecer novas abordagens.

"Eu nunca tinha pensado dessa forma, nessa comparação com os quatro elementos da natureza que existem dentro de cada um de nós, nós somos essa natureza também. É da nossa preservação que estamos falando. É a preservação do homem como um todo."

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