Rosamaria, musa do vôlei, comenta post que viralizou por mentira e revela que a mãe não assiste aos jogos

"Não tinha ninguém, eu estava lá na 'china' e não tinha ninguém na arquibancada. Eu não tinha noção, meu Deus, foi tudo coisa da minha cabeça", disse a jogadora.

Rosa, como gosta de ser chamada, estará nas Olimpíadas defendendo a Seleção Brasileira de Vôlei. Na arquibancada, ela contou que terá a presença de sua mãe, sua irmã, seu cunhado e a namorada. Mas tem um detalhe: dona Adelir não assistirá aos jogos: "Minha mãe vai e fica no banheiro com o terço na mão, rezando, ouvindo e não vê. Quando está em casa, ela liga a TV no quarto e fica na cozinha".

No papo com Bial, Rosa chorou ao assistir ao vídeo histórico que deu ao Brasil o Ouro no vôlei feminino, em 2012: "Eu já estava em Saquarema, na seleção de base. Tenho uma foto com a Sheila e a Thaísa e lembro de pensar que elas estavam treinando ao meu lado. Arrepia, não tem como. Que lindo. Meu olho enche de lágrima. O caminho é longo".

Das últimas Olimpíadas para cá, Rosa afirmou que se sente uma profissional mais completa e madura e que está pronta para buscar o Ouro para o Brasil: "Tanto fisicamente quanto tecnicamente. Pessoalmente falando, eu me sinto mais preparada, acho que sei mais o que esperar e como funciona. Sou uma jogadora mais completa, chego mais tranquila e consciente do que precisa ser feito para a gente conseguir mais uma medalha".

Após assistir um pouco da sua participação na Seleção Brasileira e a forma como vibra ao fazer um ponto durante a partida, ela comentou: "Todo mundo que me acompanha vê que quando eu chego na quadra eu me transformo e é isso. É raiva mesmo. Não é contra ninguém, mas é alguém querendo o que eu quero. No vôlei não tem empate, só tem vitória ou derrota. Eu sei que me torno mais lúcida jogando com essa explosão".

Em 2019, Rosa pediu uma dispensa da Seleção e precisou se afastar por problemas de saúde mental. Ao comentar sobre o assunto, a jogadora disse que precisou se cuidar ao longo de todo o ano e que não larga mais a terapia de mão:

"Comecei a notar que não estava bem. Não era ligado ao vôlei. Comecei a me conhecer, entender os os meus medos e vi que eu não estava 100% naquele momento, para participar da Seleção. Entendi que precisava tratar da Rosamaria pessoa e não atleta. Eu continuo com a terapia, tenho a minha pessoal, com quem eu lido não só sobre o esporte, como em tudo na minha vida".

Depois de defender o Brasil nas Olimpíadas de Paris, será que ela pretende voltar a jogar pela Seleção? Ao responder a pergunta, a jogadora disse que defender o país de origem está nos seus planos, mas não exatamente neste momento: "Acho que ainda vai ser interessante continuar lá fora, não sei exatamente onde, mas tenho coisas a descobrir, a viver. E eu tenho o sonho sim de voltar ao Brasil. Ter o carinho da nossa torcida é ótimo".

Rosamaria também contou que já pensa no que fazer depois que encerrar a carreira no vôlei: "Não tenho nada definido, mas tenho vontade de ter uma coisa própria. Tenho uma marca que já comecei a desenvolver e gostaria de dar continuidade. Gosto muito da área da comunicação também".