Ibovespa sobe nos 5 pregões da semana e tem ganhos de 1,91%; dólar chega à 3ª sessão seguida de queda e recua 2,27% na semana

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (5) e o que movimentou os ativos

O Ibovespa oscilou próximo à estabilidade durante toda a sessão, com investidores ponderando os ganhos acumulados pelo índice nos últimos dias, ajustando seus portfólios e analisando o ‘payroll’ americano de junho.

Não obstante, o referencial consolidou leve alta no fim do dia apoiado no bom humor externo, avançando assim em cada um dos cinco pregões da semana e acumulando ganhos de 1,91% no período.

Ibovespa hoje

No fim do dia, o índice subiu 0,08%, aos 126.267 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 125.556 pontos, e, nas máximas, os 126.662 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 14,52 bilhões no Ibovespa e R$ 19,82 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar comercial fechou em queda pela terceira sessão consecutiva nesta sexta-feira e terminou a semana com recuo acumulado de mais de 2%.

Hoje, o principal direcionador para o mercado foi o relatório de empregos (“payroll”) americano de junho, que mostrou uma desaceleração no volume de contratações líquidas nos Estados Unidos e um aumento inesperado da taxa de desemprego.

O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,46%, a R$ 5,4618, após atingir mínima intradiária de R$ 5,4563 e máxima de R$ 5,5338. Já no acumulado semanal, o dólar registrou recuo de 2,27%.

Esta foi a primeira semana em que a moeda americana acumulou desvalorização desde meados de maio. O euro comercial, por sua vez, depreciou 0,20% nesta sexta-feira, a R$ 5,9211, e acumulou recuo de 1,06% na semana.

O dólar também perdeu força a nível global, com o índice DXY — que mede a moeda americana contra seis divisas pares — recuando 0,24%, a 104,875 pontos, por volta de 17h10. Ante emergentes, o dólar exibia baixa de 0,01% ante o peso mexicano; de 0,11% ante o peso chileno; e de 0,23% ante o peso colombiano.

Bolsas de Nova York

Os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram seus recordes nesta sexta-feira impulsionados pelo relatório de empregos dos EUA de junho, que mostrou sinais de desaceleração no mercado de trabalho americano, o que aumenta as possibilidades de que o Federal Reserve (Fed) comece a cortar os juros antecipadamente. O setor de tecnologia foi o mais beneficiado, com as big techs registrando ganhos expressivos.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,17% a 39.375,87 pontos, S&P 500 avançava 0,54% a 5.567,19 e Nasdaq ganhou 0,90% a 18.352,76. Na semana, Dow subiu 0,66%, S&P 500 avançou 1,95% e Nasdaq ganhou expressivos 3,50%.

Pela manhã, o Departamento de Trabalho informou que os EUA criaram 206 mil novas vagas de emprego em junho, abaixo das 218 mil vagas de maio. Os resultados de maio e abril foram revisados para baixo em 111 mil vagas. A taxa de desemprego subiu para 4,1% enquanto o salário médio por hora desacelerou de 0,4% para 0,3% na margem e de 4% para 3,9% em base anual.

Com os dados mais suaves do ‘payroll’, o CME Group passou a precificar possibilidade de 71% de o primeiro corte ser em setembro ante 68% ontem.

“Uma taxa de desemprego em constante aumento e uma queda de 49 mil trabalhadores temporários sugerem, pelo menos, um abrandamento generalizado no mercado de trabalho e levantam preocupações de um enfraquecimento mais acentuado”, disse Andrew Hollenhorst, economista-chefe para os EUA do Citi.

Segundo ele, crescentes sinais de alerta tornam cada vez mais provável um corte nas taxas em setembro. “O Fed pode estar pronto para sinalizar próximos cortes na sua reunião no final deste mês’, conclui.

Para Nancy Vanden Houten, economista-chefe para os EUA da Oxford Economics, as autoridades do Fed têm-se concentrado cada vez mais nos riscos de retração do mercado de trabalho e os dados de junho reforçam a nossa previsão de que o Fed vai reduzir os juros em setembro e em todas as outras reuniões subsequentes.

A expectativa de cortes antecipados animou o setor de tecnologia que fechou em alta expressiva. Meta fechou em alta de 5,9% em um nível recorde, acompanhado por Microsoft (1,47%), Apple (2,16%) e Amazon (1,22%).

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus apagaram os ganhos vistos mais cedo e fecharam a sexta-feira (5) em queda, enquanto os investidores avaliavam o resultado das eleições gerais do Reino Unido, que foi marcada pela vitória acachapante do Partido Trabalhista. Contudo, no acumulado semanal, as bolsas acumularam ganhos.

O índice Stoxx 600 caiu 0,22%, a 516,38 pontos, o CAC 40, de Paris, cedeu 0,26%, para 7.675,62 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,45%, para 8.203,93 pontos. O DAX, de Frankfurt, foi a exceção do dia ao avançar 0,14%, a 18.475,45 pontos.

Na semana, o Stoxx 600 subiu 1,01%, o CAC 40 ganhou 2,62%, o FTSE 100 teve alta de 0,49% e o DAX escalou 1,32%.

Há um “sentimento de um pouco de alívio” com o fim do governo do Partido Conservador, que trouxe “miséria” ao Reino Unido, e os investidores esperam uma ação mais positiva dos preços do FTSE 100, disse Naeem Aslam, diretor de investimentos da Zaye Capital Markets, em nota.

A agenda macroeconômica da região trouxe dados de produção industrial da Alemanha, que caiu 2,5% em maio, número bem pior que o esperado, de queda de 0,2%, por economistas consultados pelo “Wall Street Journal”. Na zona do euro, as vendas no varejo subiram 0,1% em maio, ante consenso de alta de 0,4%.

Entre as ações, destaque para os papéis da Aixtron, que subiram 17%, depois que a fabricante alemã de sistemas de chips registrou uma forte entrada de pedidos no segundo trimestre.

Com informações do Valor Econômico

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