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Emmy muda regras para evitar truques

Patrícia Kogut

Bill Pullman em 'The sinner' (Foto: TV Globo)Bill Pullman em 'The sinner' (Foto: TV Globo)

 

Para ganhar o Emmy, uma série precisa de grande roteiro, direção e elenco. Certo? Sim, mas tudo isso não basta. Pensamento estratégico também conta. Por isso, volta e meia, algum premiado parece deslocado no seu pódio. Por exemplo, Jeffrey Tambor, estrela de “Transparent”, venceu a estatueta de melhor ator de comédia. Mas como assim, comédia, se a série é tristíssima? A explicação para isso é... estratégia. Certas categorias são menos competitivas. É o caso da comédia. Aí, muitos produtores inscrevem seus candidatos nelas de forma a multiplicar suas chances.

Para evitar isso, a academia anunciou que vai apertar suas regras. Com isso, certas tramas que entravam na disputam na categoria limited drama (minissérie) terão de se inscrever em drama, muito mais concorrida. Essa decisão atingiu em cheio as pretensões do FX com “American horror story” e do USA com “The sinner”, só para dar dois exemplos de histórias que o público brasileiro conhece. Um dos argumentos apresentados foi o de que “AHS” repetiu personagens de anos anteriores na sua temporada mais recente, intitulada “Apocalise”. Verdade. “The sinner” fez o mesmo. Embora a segunda leva de episódios tenha narrado uma aventura toda nova, o detetive que estrelou a trama era, de novo, Harry Ambrose (Bill Pullman).

A decisão está dando o que falar. Talvez para acalmar esses ânimos, a Academia do Emmy anunciou que as regras só valem para a 71ª edição da premiação (a próxima). Depois, elas poderão ser repensadas (parece autodesmoralização prévia, não parece?). Vamos acompanhar.

 

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