Estatuetas do Emmy (Foto: Divulgação)
A festa estava marcada para 12 e 13 de setembro, no Microsoft Theatre, em Los Angeles. Mas, nesta segunda-feira (15), a academia do Emmy noticiou, sem dar mais detalhes, que a entrega presencial de estatuetas teve de ser cancelada. Não foi surpresa, claro. Eles disseram que “um evento virtual inovador ocorrerá. E o formato para essa cerimônia está atualmente em desenvolvimento”. O presidente da academia, Frank Scherma, anunciou ainda um plano para doar US $ 1 milhão para o Actors Fund, de ajuda a profissionais sem trabalho por causa da pandemia.
Os protestos motivados pelo assassinato de George Floyd também devem mexer com os rumos da premiação este ano. Pelo menos é o que acreditam os especialistas. Eles se baseiam nas listas de livros, artigos, filmes e programas de televisão mais comentados nas mídias sociais. “Vivemos um momento em que ninguém pode ignorar os males sociais que assolam o país. Ele coincide com uma temporada de prêmios estranha e difícil. Há claramente um apetite por histórias que refletem essa tomada de consciência”, publicou o “The Hollywood Reporter” ontem.
Nos bastidores, a bolsa de apostas está fervendo. O puro entretenimento, ao que tudo indica, vai dar espaço a tramas engajadas, mais políticas. Por exemplo, a segunda temporada de “Succession” (HBO) é candidatíssima a melhor série dramática. A qualidade dos roteiros, o trabalho do elenco e a direção competente contribuem para o favoritismo. Mas a sintonia do enredo com a revolução digital e a discussão sobre as fake news também ajuda e muito. “Pose” (FX), ambientada no universo LGBT, é outra que ganhou força. E as chances de “The morning show” (Apple TV+) também se ampliam, já que ela pega carona no movimento Me Too ao tratar das consequências do assédio sexual no trabalho. Vamos ver. Minha torcida irrestrita é para “Succession”.
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