Mundo Corporativo: Bruna Soares, da Moët Hennessy, fala de estratégias de luxo e liderança feminina

Bruna Soares no estúdio do Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti

“Onde você quer chegar? Que histórias você quer contar? Pelo que você quer que a sua marca seja lembrada?”

Bruna Soares, Moët Hennessy

Construir uma marca memorável requer estratégias específicas e uma conexão emocional profunda, especialmente em um mercado no qual a atenção do consumidor é o recurso mais valioso. Esse foi um dos assuntos da entrevista com Bruna Soares, gerente de marca da Moët Hennessy, no programa Mundo Corporativo. Bruna compartilhou suas experiências e ideias sobre como gerir uma marca de luxo, o papel da liderança feminina e os desafios e oportunidades no setor de bebidas premium.

“A gente ocupa uma posição de as pessoas olharem para as marcas e verem o que elas estão fazendo,” afirmou Bruna. “Nós temos muito esse papel e essa missão de ocupar esse lugar de privilégio para fomentar debates e discussões de temas importantes para a sociedade.”

O desafio de gerir uma marca de luxo

Bruna destacou que o principal ativo do consumidor de luxo é o tempo. “Proporcionar experiências que sejam memoráveis e criem uma conexão verdadeira é essencial,” disse. Ela enfatizou a importância de manter a autenticidade e a elegância, não apenas na aparência, mas também nas atitudes e no relacionamento com clientes e colaboradores.

A Moët Hennessy, com suas marcas icônicas como Moët & Chandon e Veuve Clicquot, busca estar presente nos momentos de celebração dos consumidores. Bruna destacou a relevância crescente do mercado brasileiro para a empresa, especialmente após a pandemia, quando os consumidores passaram a valorizar mais as pequenas celebrações do dia a dia.

“Quando a gente fala de marcas, a gente fala sobre como você se diferencia em um mundo super vasto de outras marcas,” observou Bruna. “É sobre ter um olhar estratégico claro sobre onde você quer chegar e que histórias você quer contar.”

Liderança feminina e fortalecimento

A trajetória de Madame Clicquot, fundadora da Veuve Clicquot, serve como uma grande inspiração para Bruna e muitas outras mulheres na empresa. “Ela foi uma mulher muito à frente do seu tempo, enfrentando inúmeras barreiras,” comentou Bruna. “Estar à frente dessa marca no Brasil é um privilégio e uma responsabilidade para fazer jus a esse legado.”

Bruna também abordou a importância de incentivar o empreendedorismo feminino através de projetos como Bold by Veuve Clicquot, que promove a visibilidade de mulheres empreendedoras. Em 2022, a casa de champanhe conduziu o “Barômetro do Empreendedorismo Feminino”, um estudo com foco nas empresárias brasileiras em que mais de 2 mil mulheres foram entrevistadas: “A principal barreira que aprendemos no estudo é o medo do julgamento e do risco,” explicou Bruna. “Isso já existe por uma questão cultural e é sobre você se desvencilhar dessas amarras e dessas barreiras psicológicas para ousar e correr atrás dos objetivos.”

Ela ressaltou a necessidade de criar redes de apoio e troca entre mulheres para que possam aprender e crescer juntas. “Eu vejo um futuro promissor e positivo para o empreendedorismo feminino, graças às mulheres que abriram caminho superando medos e barreiras.”

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O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. Você pode ouvir, também, em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Letícia Valente.

Mundo Corporativo: Carolina Sevciuc, da PepsiCo, destaca a importância das pessoas na transformação digital

Carolina Secviuc entrevistada no estúdio do Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti

“Não existe transformação sem pessoas, porque a gente faz a transformação através de pessoas para pessoas.”

Carolina Sevciuc, PepsiCo

Inovação e transformação digital são temas recorrentes no ambiente corporativo, mas como realmente implementar essas mudanças de forma eficaz? Carolina Sevciuc, diretora sênior de Transformação Digital & Inovação da PepsiCo Brasil, destaca a importância de colocar as pessoas no centro desse processo. Para deixar clara essa visão, na entrevista ao programa Mundo Corporativo, ela brinca com o próprio nome do cargo que ocupa na empresa: “O nome digital está ali só por uma questão de a palavra passar para a gente uma maior agilidade, maior foco, velocidade, mas no fundo, a gente tem as pessoas no centro disso.”

Transformação digital: muito além da tecnologia

Carolina enfatiza que a transformação digital vai muito além da implementação de novas tecnologias. Trata-se de uma mudança cultural que deve ser abraçada por toda a organização. “Já faz um tempo que grandes empresas como a minha entenderam que a gente não faz nada sozinho. E que a gente precisa estar com esse pulso e estar com esse diálogo constante, seja com o consumidor, seja com a universidade, seja com um ecossistema de inovação de startups e scale-ups.”

A diretora chama atenção para a necessidade de se cercar de parceiros competentes e alinhados com os objetivos da empresa: “Não tem uma receita. Eu acho que você juntar pessoas altamente capacitadas que você consiga ter um diálogo, uma conversa que te provoque, e entender a sua situação, a situação da categoria ou da empresa que você está é extremamente importante.”

A inteligência artificial aplicada no negócio

A PepsiCo tem se destacado no campo da inovação e transformação digital através de iniciativas que abrangem desde o aumento da eficiência nas fábricas até o desenvolvimento de novos produtos, explica Carolina. A empresa utiliza inteligência artificial para prever e garantir a qualidade dos produtos em tempo real, como no caso do Cheetos, que é descartado automaticamente se não estiver dentro dos padrões. Além disso, a PepsiCo investe na criação de novos sabores e embalagens, usando seu vasto banco de dados global para acelerar o desenvolvimento e atender às demandas locais. 

De acordo com a diretora, a colaboração com startups e a promoção de uma cultura de inovação aberta são pilares fundamentais para manter a empresa na vanguarda do mercado, garantindo que novas ideias e tecnologias sejam incorporadas de maneira eficaz e sustentável.

“A gente cria fóruns para isso. A gente tem globalmente uma presença muito forte de PepsiCo dentro do ecossistema de startups e scale-ups onde as chamadas são abertas. Você entra no site da PepsiCo, vê o que a PepsiCo está procurando e, como startup ou scale-up, você aplica a sua solução.”

A Importância da diversidade da inovação

Para Carolina, a diversidade desempenha um papel crucial na inovação ao trazer diferentes perspectivas, experiências e habilidades para a mesa. Na PepsiCo, a valorização de um time diverso é vista como essencial para impulsionar a criatividade e resolver problemas de maneira mais eficaz. Ela acredita que a diversidade de opiniões e visões de mundo contribui para um ambiente mais dinâmico e inovador. “Transformação se faz como de pessoas para pessoas com opiniões diferentes convergindo para um objetivo maior e único.” A inclusão de colaboradores de diversas origens culturais, sociais e profissionais permite à PepsiCo identificar oportunidades únicas e desenvolver soluções mais abrangentes e eficazes, fortalecendo a capacidade da empresa de inovar em um mercado global competitivo.

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Mundo Corporativo: Carla Hoffmann, da AWA Growth, discute a transformação necessária para uma economia verde

“Logo os profissionais, assim como eu, por exemplo, decidem com quem querem trabalhar, e a gente vê que isso é muito mais frequente nas novas gerações.”

Carla Hoffmann, AWA Growth

A economia verde não é apenas uma tendência passageira, mas uma transformação necessária para a sobrevivência e prosperidade das empresas no século XXI. Este foi o principal ponto destacado por Carla Hoffmann, CEO da AWA Growth Partner Marketing, durante sua entrevista no programa Mundo Corporativo, da CBN. Carla enfatizou que a mudança para modelos sustentáveis não só beneficia o planeta, mas também se alinha com os valores das novas gerações de trabalhadores. “Se as empresas não se adaptarem, talvez até elas tenham dificuldade de encontrar pessoas realmente engajadas em fazê-las crescerem,” afirmou.

Desafios e estratégias para uma economia verde

Carla Hoffmann abordou a importância da conscientização e reestruturação de processos dentro das organizações para incentivar modelos de inovação e economia verde. “Precisa, realmente, primeiro uma conscientização, um entendimento do próprio exercício de uma liderança mais regenerativa,” explicou. A CEO destacou que muitas empresas não foram originalmente construídas com um foco sustentável, o que torna a adaptação um desafio, mas também uma oportunidade de inovação.

Além de conscientizar e educar as lideranças, Carla ressaltou a necessidade de integrar novas tecnologias e soluções para mitigar os impactos ambientais. “A gente vai precisar mudar o nosso modelo de interação econômica, essa é a nossa nova economia”, disse ela, referindo-se à prática de uma economia mais verde.

Financiamento para empresas com impacto positivo

A AWA Growth Partner Marketing é uma consultoria especializada na expansão de mercados para empresas que têm impacto positivo no meio ambiente e na sociedade. A empresa atua em duas frentes principais: consultoria estratégica de marketing para identificar e estruturar estratégias de crescimento adequadas para cada cliente, e acesso ao capital, ajudando empresas regenerativas a obter financiamentos que estejam alinhados com seus valores e objetivos sustentáveis. Com foco exclusivo em negócios regenerativos, a AWA Growth apoia a implementação de práticas de economia verde, promovendo inovação e lideranças regenerativas dentro das organizações.

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Mundo Corporativo: Amilcar e Renato Sá, da MC Tintas, falam de como fazer da inovação uma tradição familiar

Reprodução do vídeo da entrevista ao Mundo Corporativo

“Quer ter sucesso? Trate bem o fornecedor, trate bem seu funcionário, muito bem seu funcionário e trate bem o seu cliente.”

Amilcar Sá, MC Tintas

O mundo dos negócios pode ser um terreno árido e desafiador, especialmente para aqueles que desejam empreender e inovar. Entretanto, a história da MC Tintas, que se iniciou há 60 anos, mostra que o caminho para o sucesso pode ser trilhado com uma boa dose de respeito e dedicação aos principais pilares de uma empresa: fornecedores, funcionários e clientes. É no que acreditam Amilcar Sá e Renato Sá entrevistados no Mundo Corporativo, da CBN. Amilcar começou aos 16 anos com os dois irmãos, fundadores da empresa, e Renato assumiu o comando da MC Tintas, em 2020.

Com mais de 220 unidades no Brasil, a companhia faturou R$ 563 milhões, em 2023. Para 2024, a meta é chegar a R$ 680 milhões, com 20% de crescimento no número de unidades. Desde 2017, a marca trabalha no sistema de franquia, uma estratégia que Renato Sá quer ampliar. Atualmente, são 120 franqueados. Entender o potencial de cada um desses empreendedores é importante na construção da rede. Renato ressalta que “o sucesso de um empreendedor depende muito mais dele do que do franqueador”, destacando a importância da iniciativa individual no mundo dos negócios.

Inovação e Crescimento

A inovação sempre foi uma característica da MC Tintas. Uma tradição familia, pelo que se ouve nas histórias contadas por Amílcar e Renato. Desde a criação da empresa, a visão de Amilcar e seus irmãos foi transformar as lojas de tintas em ambientes agradáveis e acessíveis para todos os públicos, especialmente às mulheres, que, tradicionalmente, não frequentavam esses estabelecimentos. Amilcar recorda: “As lojas eram muito pesadas, sujas. Não tinha aquele tratamento gostoso. Nós fomos os primeiros a mudar isso”.

Renato complementa que a empresa continua a se adaptar às mudanças do mercado e do comportamento do consumidor: “Hoje temos muito mais ferramentas do que eles tinham lá atrás. A empresa estuda o novo consumidor, contrata pesquisas e tenta inovar constantemente”. Esse olhar inovador levou a MC Tintas a desenvolver um aplicativo chamado Toc Toc, que conecta consumidores a profissionais de pintura, facilitando o acesso a serviços de qualidade.

Sucessão Familiar e Liderança

A transição de liderança na MC Tintas é um exemplo de como a sucessão familiar pode ser bem-sucedida. Amilcar enfatiza que a preparação foi fundamental: “Não foi porque o Renato é meu filho que ele se tornou CEO. Ele foi apontado como a pessoa mais adequada por uma consultoria externa”. Renato, por sua vez, destaca a importância do preparo e da contínua busca por conhecimento: “Liderar é não parar nunca. É estudar, fazer cursos e ter vontade de passar a cultura da empresa”.

A relação pai e filho dentro da empresa é um equilíbrio de aprendizado e liderança compartilhada. Renato reconhece o papel crucial de seu pai como mentor: “Tenho uma grande oportunidade de ter meu pai do meu lado, meu espelho, e meu mentor”.

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Mundo Corporativo: faça da vulnerabilidade a sua força, recomenda Roberta Rosenburg, da F.Lead

Roberta Rosenburg é entrevistada no Mundo Corporativo, foto: Priscila Gubiotti

“As pessoas estão mais carentes de serem escutadas, de serem entendidas, de serem validadas. Então, aquela empresa que conseguir tocar o colaborador como ser humano, essas empresas vão voar.”

Roberta Rosenburg

A habilidade de se conectar genuinamente com os colaboradores é cada vez mais crucial para o sucesso das organizações. Esse foi o principal tema abordado por Roberta Rosenburg, CEO e Co-Fundadora da F.Lead, durante sua entrevista ao programa Mundo Corporativo. A consultora destacou a importância de reconhecer e trabalhar a vulnerabilidade nas organizações como uma estratégia para desenvolver líderes mais eficazes e humanos.

Desenvolvendo a vulnerabilidade como força

Roberta Rosenburg iniciou a conversa falando sobre a necessidade de criar um ambiente onde a vulnerabilidade seja vista como uma força, não uma fraqueza. “Como é que eu crio essa vulnerabilidade? Você vai se mostrar ser humano. Eu sempre falo: escolhe as histórias que você quer contar, pensa antes de falar, se cuida, porque a gente precisa se cuidar. Então, é uma vulnerabilidade sendo cuidada. Eu me cuido. Mas eu posso ser vulnerável também”, explicou.

Ela ressaltou que as empresas que conseguem tocar seus colaboradores como seres humanos, escutando e validando suas necessidades, serão aquelas que prosperarão no futuro. Segundo Roberta, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal tornou-se uma demanda ainda mais evidente após a pandemia. “As pessoas estão mais carentes de serem escutadas, de serem entendidas, de serem validadas e elas mesmas se questionam isso. Então, aquela empresa, daqui para o futuro, que conseguir tocar aquele colaborador como ser humano, essas empresas vão voar.”

O papel da comunicação na liderança

A comunicação eficaz foi destacada como uma competência crucial para os líderes modernos. Roberta argumentou que a vulnerabilidade também passa por reconhecer os próprios limites e se comunicar abertamente sobre eles. “O líder precisa fomentar esse ambiente, como? Conversando. Muitas vezes a gente não fala as coisas óbvias”, disse ela.

Ela acrescentou que a habilidade de um líder em tratar com situações difíceis, como a mudança de um projeto estratégico, depende de sua capacidade de se conectar com sua equipe de forma transparente e empática. “O líder precisa realmente estar vulnerável ali, reconhecer que talvez aquele projeto não seja o melhor para a empresa e comunicar isso de forma que a equipe se sinta valorizada pelo esforço feito.”

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Mundo Corporativo: Bia Martins e Mateus Ferrareto querem democratizar o ESG

Bia e Mateus em entrevista ao Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti

“O ESG nada mais é que uma sigla que comprova as práticas socioambientais de uma empresa. Só que o ESG se tornou algo muito grande e muito difícil para pequenas e médias empresas.”

Bia Martins

Como pequenas e médias empresas podem adotar práticas de sustentabilidade e se beneficiar das políticas ESG (Ambiental, Social e Governança)? Essa foi a questão central da entrevista com Bia Martins e Mateus Ferrareto, fundadores da ESG Pro Brasil, no programa Mundo Corporativo. Eles discutiram como transformar a governança ambiental, social e corporativa em algo acessível e aplicável a negócios de menor porte. 

“Não tem como uma pequena empresa zerar carbono. Ela não sabe o que é isso e vai ser distante. Mas ela consegue trocar o copo plástico por um copo de vidro. Ela consegue apagar a luz quando não estiver usando. Ela consegue desligar o ar condicionado no dia que não está tão calor”.

Mateus Ferrareto

Estratégias e práticas

A ESG Pro Brasil é uma empresa dedicada a facilitar a adoção de práticas sustentáveis para pequenas e médias empresas. Ela oferece um selo de certificação ESG que valida e promove ações socioambientais corporativas. Além disso, a ESG Pro Brasil desenvolve trilhas de boas práticas em parceria com a Unesco, simplificando o processo de implementação dessas práticas. A empresa também colabora com mais de 180 ONGs, atendendo às metas de desenvolvimento sustentável da ONU, e fornece um sistema de benefícios e cashback para as empresas certificadas, incentivando o engajamento e a responsabilidade socioambiental no setor empresarial.

“Então, o que a gente é hoje, de uma forma bem prática: a gente é um selo e a gente quer democratizar o acesso ao ESG juntos”.

Bia Martins

Trajetória Profissional e Engajamento Social

Bia Martins começou seu envolvimento com questões sociais desde muito jovem. Aos seis anos, fundou a ONG Olhar de Bia, motivada por uma experiência pessoal marcante ao ver crianças em situação de vulnerabilidade. A partir dessa iniciativa, Bia se dedicou ao combate à miséria através da educação e da solidariedade. Sua trajetória é marcada por um profundo compromisso com a transformação social, que agora se estende ao seu trabalho na ESG Pro Brasil.

“O olhar de Bia nasceu de uma ação pontual no Natal, ajudamos 600 pessoas e hoje já impactamos mais de 450.000 vidas” 

Bia Martins

Mateus Ferrareto, por sua vez, encontrou no empreendedorismo uma forma de aliar suas habilidades profissionais ao propósito de promover a sustentabilidade. Formado em Arquitetura, ele cofundou a Eco Flame Garden, empresa que desenvolve móveis para áreas externas. Entendeu logo no início o peso de carregar o nome “eco” no seu negócio. Perdeu seu primeiro cliente, porque não considerava os conceitos ESG nas suas práticas. Ao deparar com aquela realidade, percebeu que precisava se aprofundar no tema:

“A Eco Flame Garden se tornou uma empresa carbon-free, com projetos que utilizam materiais reciclados, como redes de pesca retiradas dos oceanos”.

Mateus Ferrareto

A experiência com a Eco Flame Garden inspirou Mateus a criar a ESG Pro Brasil. Sua jornada profissional reflete uma busca constante por soluções inovadoras que conciliem negócios e responsabilidade socioambiental.

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Mundo Corporativo: Felipe Félix, do will Bank, fala de como tornar seu negócio acessível ao cliente que está fora do mercado

Felipe Felix nos bastidores do Mundo Corporativo Foto: Priscila Gubiotti

“77% da população brasileira acha mais fácil controlar seu dinheiro em papel moeda do que dentro de uma conta bancária.”

Em uma época na qual a inclusão financeira se torna cada vez mais vital, é importante adaptar os serviços bancários à realidade dos brasileiros que vivem fora do sistema financeiro. Foi com essa ideia em mente que Felipe Félix, fundou o will Bank, em 2017, um banco digital que tem 1.200 colaboradores e oferece produtos como cartão de crédito e débito, conta digital, investimentos, crédito pessoal e marketplace.

40% da base de clientes guarda dinheiro em casa, ou seja, não usam bancos ou poupanças tradicionais disse Félix, em entrevista ao Mundo Corporativo da CBN, elucidando sobre as barreiras enfrentadas por esses consumidores quando confrontados com produtos financeiros complexos como CDBs e debêntures.

Inclusão Financeira e Simplicidade

Ao longo da entrevista, Felipe Félix compartilhou como o will Bank, ao se aventurar pelo interior do Brasil, adotou uma abordagem simplificada para atrair clientes. Ele destacou a importância de uma oferta acessível e descomplicada:

“Antes de você entender as motivações e os porquês, é essencial entender como esse cliente se relaciona com seu produto”.

Uma das estratégias chave do will Bank tem sido o uso do crédito como porta de entrada para uma nova experiência bancária, especialmente para aqueles que são novos no uso de serviços financeiros. Para Félix a tecnologia pode facilitar o acesso a serviços financeiros sem tarifas proibitivas:

“A grande parte do atendimento ao nosso cliente é feita pelo celular, um canal de atendimento digital, porque isso traz escala”

Cinco lições para usar no seu negócio

A entrevista de Felipe Félix oferece várias lições valiosas sobre atendimento ao cliente, especialmente em contextos de inovação e inclusão financeira. Aqui estão alguns dos principais aprendizados que podem ser extraídos:

1. Conheça profundamente seu cliente: Felipe enfatiza a importância de entender não apenas as necessidades financeiras básicas dos clientes, mas também seus comportamentos, motivações e as barreiras que enfrentam ao acessar serviços financeiros.

2. Simplifique os serviços: Um dos grandes obstáculos para a inclusão financeira é a complexidade dos produtos bancários. A abordagem do will Bank de simplificar esses produtos e o próprio processo bancário torna os serviços mais acessíveis e compreensíveis, o que é crucial para clientes que podem ter limitada experiência financeira prévia.

3. Mantenha um equilíbrio entre tecnologia e interação humana: Apesar de ser um banco digital, o will Bank reconhece a importância da interação humana. Felipe discute como eles combinam atendimento digital com momentos de contato humano direto, garantindo que a tecnologia não substitua completamente o elemento pessoal, mas que trabalhe para aprimorar a relação com o cliente.

4. Resolva dores específicas do cliente: Cada serviço oferecido deve ter como objetivo resolver uma “dor” específica, demonstrando um atendimento focado no cliente.

5. Acessibilidade é chave: A estratégia de oferecer serviços por meio de canais digitais amplia a acessibilidade, permitindo que pessoas em regiões remotas ou com restrições de mobilidade possam acessar serviços financeiros da mesma forma que clientes em áreas urbanas. 

Assista ao Mundo Corporativo

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Mundo Corporativo: Antônio Carlos Aguiar fala dos desafios do trabalho na era digital

Bastidor da gravação com Aguiar, no estúdio da CBN. Foto: Priscila Gubiotti

“Então, não dá mais para fazer aqueles planejamentos que nós fazíamos de cinco, de 10 anos, porque eu não sei o que vai ser. Nem o mercado de trabalho a gente sabe mais o que é.”

Antonio Carlos Aguiar, advogado

A evolução tecnológica tem reformulado as bases tradicionais do trabalho, criando um novo paradigma onde as relações laborais precisam ser tão ágeis quanto as mudanças sociais e tecnológicas que as impulsionam. Neste contexto, o advogado Antônio Carlos Aguiar, especialista em direito do trabalho digital e disruptivo e autor do livro “Direito do Trabalho 2.0 – digital e disruptivo”, compartilhou suas perspectivas no programa Mundo Corporativo da CBN.

Transformação Digital no Ambiente de Trabalho

Durante a entrevista, Aguiar enfatiza que o cenário atual exige uma nova abordagem nas relações de trabalho, onde até mesmo a legislação existente, como a CLT, parece não mais atender completamente às necessidades atuais.

“O trabalhador tem um mindset digital na prestação do trabalho dele com visão de startup, do mundo do Século 21, do mundo com viés digital e não mais aquele mundo analógico, onde tinha para proteção do trabalhador uma CLT , alguma coisa mais formal”

O advogado pontua a importância de entender que estamos em um ecossistema trabalhista onde tem inclusive stakeholders que optam por sequer trabalhar e têm de ser respeitada essa opção” A flexibilidade e a informalidade, que antes poderiam ser vistas como precarização, hoje são entendidas como parte de um ambiente de trabalho que valoriza a autonomia e a contribuição individual de maneira não tradicional.

“Então, as relações de trabalho tem que acompanhar as mudanças das relações sociais e a visão de propósito que a nova geração tem”.

Antonio Carlos Aguiar também discute a interação entre diferentes plataformas digitais e o mercado de trabalho, admitindo que não se tem ainda uma resposta concreta sobre como essa relação deve se realizar porque é ainda algo muito novo. Entende, porém, que se deveria refletir sobre a maneira como as grandes empresas de tecnologia transformaram completamente seus modelos de negócio para atender às demandas do século 21. Um exemplo é a Amazon: se antes vendia livro, hoje entrega qualquer produto em qualquer lugar do mundo. Citou, também, o WeChat, que é a versão do Facebook na China, uma rede social pela qual também se faz pagamento sem usar cartão de crédito ou dinheiro. Ou seja, um espaço de entretenimento, pagamento e prestação de serviço que representa bem o modelo de negócio  atual.

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Mundo Corporativo: para Paulo Antunes, da Fogo de Chão, “deixa comigo” é valor a ser preservado

Paulo Antunes entrevistado no Mundo Corporativo Foto: Priscila Gubiotti

“Um bom líder cuida de pessoas, e essas pessoas cuidam dos clientes e dos resultados.” 

Paulo Antunes, Fogo de Chão

Para que se faça um bom churrasco tem de entender de carne, de fibra, de gordura, de como espetar, de como fazer o fogo e de como cortar. Para se fazer uma boa churrascaria, tem de entender de gente — além de tudo aquilo que está descrito na frase que abre este parágrafo. É o que se aprende ouvindo Paulo Antunes, country manager do Fogo de Chão no Brasil, uma das maiores redes de churrascarias do país. 

Em entrevista ao programa Mundo Corporativo da CBN, o executivo comenta que se não bastassem todos esses desafios para entregar excelência, no caso das churrascarias ainda há um outro complicador: cada garçom é um chefe de cozinha, ao menos no modelo de atendimento mantido nas lojas da Fogo de Chão 

“Na Fogo de Chão, você tem a figura do chefe nas 20 pessoas que te servem no salão. Então, cada um que vem com um corte específico é o chefe daquele corte”

Preparar essa equipe de cozinheiros exige investimento, treinamento e tempo. Paulo Antunes diz que o ideal é desenvolver profissionais que tenham perfil de uma persona que ele define como “Gaúcho” — alguém que entende muito bem de churrasco, atendimento e trabalho: 

“(O Gaúcho) personaliza uma atitude. Então, nós temos valores na Fogo de Chão de excelência, de excelência operacional, de trabalho em equipe e, principalmente, um valor que eu gosto muito que é o “deixa comigo”.” 

“Deixa comigo” transcende ser apenas um lema; é uma essência profundamente enraizada na cultura gaúcha que Paulo Antunes destaca. Essa expressão simboliza a propriedade completa e o comprometimento do indivíduo com sua função, seja na gestão dos recursos ou na satisfação do cliente. Tal responsabilidade não emerge instantaneamente, mas é forjada com tempo e dedicação.

Duas curiosidades: apesar de a empresa ter sido criada no Rio Grande do Sul, atualmente não mantém nenhuma loja no estado, e apenas 30% dos garçons são realmente gaúchos. Paulo Antunes comenta que os outros “gaúchos” são dos demais estados brasileiros. 

Diante de todos esses desafios o sucesso deste negócio se constrói a partir da gestão eficaz das equipes, diz Paulo Antunes :

 “Eu tenho que ser um líder servidor. Preciso inspirar as pessoas, preciso viver pelos valores”.

A Fórmula do Sucesso 

Em suas reflexões sobre estar sempre preparado para superar obstáculos além do esperado, Paulo Antunes enfatiza a necessidade de uma prontidão para enfrentar adversidades maiores do que as antecipadas. Esta abordagem não somente equipou o Fogo de Chão para navegar por tempestades significativas, como a crise provocada pela COVID-19, mas também permitiu à empresa ressurgir com ainda mais força, traçando caminhos para a expansão e a inovação. 

A liderança eficaz e a perspectiva empreendedora são fundamentos dessa capacidade de superação. Antunes reconhece esses atributos em si e na sua equipe, propondo que “o verdadeiro executivo de sucesso é perenemente munido de um espírito empreendedor”, ressaltando a vital importância de antever as demandas e identificar as oportunidades que residem nos desafios.

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Mundo Corporativo: a visão de Valter Patriani sobre inovação e cliente

Valter Patriani entrevistado no estúdio da CBN em foto de Priscila Gubiotti

“Então, você veja que a perspectiva do cliente é toda diferente, você precisa ter muita humildade para ouvi-lo, você aprende e transforma esse aprendizado em um bem maior.” 

Valter Patriani, empresário

Em um universo corporativo que exige constante inovação e adaptabilidade, a trajetória de Valter Patriani se destaca por uma visão diferenciada sobre a importância do cliente e da equipe no sucesso empresarial. Fundador da Construtora Patriani, Valter compartilhou, no programa Mundo Corporativo da CBN, ideias valiosas sobre como criar uma empresa vencedora. Este é um relato que vai além da construção de imóveis, adentrando o terreno da construção de relações sólidas com clientes e colaboradores.

O cliente no centro de tudo

Valter Patriani não é um nome estranho ao sucesso. Após uma carreira notável na CVC, uma das maiores operadoras de turismo do país, ele se aventurou no ramo da construção civil com um olhar inovador:

“E a gente vai tentando pegar o nosso cliente e entendendo quais são os momentos da vida dele para fazer imóveis para os diferentes momentos da sua vida, mas precisa ter muita atenção ao cliente, precisa entender de gente,” 

Essa percepção acerca da importância de colocar o cliente no centro das decisões empresariais é um dos pilares de sua estratégia. Fez assim no turismo, quando percebeu que apenas os mais ricos conseguiam viajar de férias, e buscou soluções para permitir que a família dos trabalhadores também aproveitassem os principais destinos do Brasil. Fez na construção civil, ao planejar apartamentos que oferecem funcionalidades e benefícios demandados pelos moradores.

Patriani destaca que ouvir o cliente não é apenas uma parte do processo, mas a essência para a inovação e adaptação. As necessidades e desejos do cliente direcionam desde a concepção dos projetos até as práticas de sustentabilidade e tecnologia empregadas na construção. Placas solares para economia de energia, janelas automatizadas para maior conforto e infraestrutura preparada para carros elétricos são apenas algumas das inovações mencionadas por Patriani, sempre com o foco na experiência do cliente.

Pensa nos detalhes: na janela diante da pia onde se lava pratos ou no nicho para produtos de banho ao lado do chuveiro; se todos os prédios já oferecem gerador de energia nas áreas comuns, o empresário amplia o atendimento a pontos essenciais dentro do apartamento, como a tomada para o celular não descarregar e a que mantém a geladeira funcionando.

Liderança e colaboração: pilares para o sucesso

A visão de Patriani sobre a importância do trabalho em equipe é igualmente reveladora. 

“Tudo nasce dentro da companhia, dentro do time. O que os funcionários de obra estão executando hoje foi pensado a um ano e meio, dois anos antes. E quem é que pensa? O time. Nenhum de nós é melhor do que todos nós juntos”.

Essa filosofia ressalta o valor da colaboração interna e da liderança participativa. Patriani sublinha a importância de conhecer e conversar com os clientes e colaboradores, uma prática que permite uma troca constante de aprendizados e experiências.

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