Paulinho da Viola

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Sobre Paulinho da Viola

Baluarte do samba, do choro e do Carnaval, Paulinho da Viola ficou conhecido pela voz adocicada e pelo lirismo de sua obra. O compositor de “Coração Leviano” ganhou notoriedade por ecoar suas mensagens também por meio dos instrumentos – foi com a tensão da harmonia de “Sinal Fechado” que ele foi revelado nacionalmente em 1969. Suas composições sofisticadas se misturam com inovação em uma obra que não apenas resiste ao tempo, mas renova a música brasileira. Paulo César Batista de Faria nasceu no Rio de Janeiro em 1942. Filho do violonista César Faria, cresceu no bairro de Botafogo entre grandes mestres como Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Dilermando Reis – e a influência de tantos outros que homenageou com lirismo e leveza na faixa "Bebadosamba", do emblemático álbum homônimo de 1996. Como passatempo, o jovem carioca passou a se dedicar ao violão e ao cavaquinho, apesar da insistência do pai para que seguisse uma carreira tradicional. Aos 19 anos, dividia o tempo entre o trabalho como contador durante o dia e a música à noite, frequentando saraus na casa de Jacob do Bandolim. Foi assim que se aproximou do compositor, poeta e produtor Hermínio Bello de Carvalho, que o incentivou a migrar de vez para a música e que se tornou seu parceiro de composição. Os primeiros passos na carreira se deram no começo dos anos 60 em grande estilo. Ao violão, ele acompanhava cantores em apresentações no Zicartola, restaurante fundado por Cartola e Dona Zica, até começar a se arriscar cantando sua obra autoral. A partir de 1965, participou da criação do grupo A Voz do Morro ao lado dos amigos Zé Keti e Elton Medeiros, com quem lançou suas primeiras gravações. No mesmo ano, a primeira parceria com Candeia, “Minhas Madrugadas”, foi gravada por Elizeth Cardoso. A carreira solo começou em 1968 com o álbum Paulinho da Viola, mas o sucesso nacional veio em 1969, quando venceu o Festival de Música Popular Brasileira com “Sinal Fechado”. A composição, cuja tensão harmônica cresce enquanto versos simulam um diálogo superficial e reticente entre amigos, lembra uma conversa em que a profundidade é proibida – um discreto e preciso protesto contra a censura da ditadura militar em sua fase mais violenta. Prolífico, o poeta gravou mais de 20 álbuns e lançou músicas que se tornaram clássicos modernos do samba, como “Para Ver as Meninas” (1968), “Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida” (1970), “Guardei Minha Viola” (1972), “Pecado Capital” (1975) “Coração Leviano” (1978), “Eu Canto Samba” (1987) e “Timoneiro” (1993). A carreira longeva é também um ponto de resistência da música brasileira. Em 1973, Paulinho da Viola foi responsável pelo retorno do grupo Época de Ouro, que estava inativo desde o falecimento de Jacob do Bandolim em 1969. Em Memórias Chorando (1976), álbum instrumental, ele deu nova vida a músicas de Pixinguinha e Ary Barroso, além de apresentar composições autorais. Seu trabalho resiste ao tempo: o artista levou um GRAMMY Latino em 2021 na categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode com Sempre Se Pode Sonhar (2020), uma coletânea de apresentações ao vivo. Foi a segunda vez que ele conquistou o troféu – a anterior foi em 2008, com o álbum Acústico MTV: Paulinho da Viola.

CIDADE NATAL
Rio De Janeiro, Brazil
NASCIMENTO
12 de novembro de 1942
GÊNERO
Samba
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