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GERADO EM: 29/07/2024 - 01:53

"O GLOBO: Desmistificando o Economês e Conectando a Informação à Cidadania"

O GLOBO, ao longo dos anos, desmistificou o economês para os leitores, desde a criação do Dia dos Pais até a explicação dos planos econômicos. Com seções como Traduzindo o Economês e Defesa do Consumidor, o jornal se destacou por conectar a informação à cidadania, abordando temas como emprego, moradia e até a Reforma da Previdência, com a inovadora calculadora da Previdência. A evolução da editoria reflete a demanda crescente por conteúdos sobre negócios e tecnologia.

E m 1953, o publicitário Sylvio Bhering, então diretor do GLOBO e da Rádio Globo, teve uma ideia para ajudar a estimular o comércio no Rio no segundo semestre do ano. Como o Dia das Mães já movimentava a economia em maio, e o setor só ganhava novo fôlego no final do ano, com o Natal, Bhering decidiu criar o Dia do Papai em 16 de agosto, pela proximidade com a data que celebra São Joaquim, pai de Nossa Senhora. A iniciativa, inicialmente restrita ao Rio, deu tão certo que já no ano seguinte espalhou-se por todo o Brasil, oficializando o segundo domingo de agosto como o Dia dos Pais, que se mantém desde então como um dos pontos altos do comércio no ano.

O exemplo é um dos muitos que mostram a longa história de iniciativas do GLOBO para ajudar a impulsionar a economia da cidade, do estado, do país, e cumprindo a função primeira de aproximar o leitor do noticiário econômico.

A coluna Traduzindo o Economês, por exemplo, abriu um canal direto com o leitor para mostrar que os temas — contas públicas, transações externas, mercado financeiro, PIB — não eram um bicho de sete cabeças e que valia a pena entender como os fatos econômicos afetavam diretamente seu dia a dia.

Entre planos e tablitas

A editoria de Economia ganhou caderno próprio em 1969, pouco antes de os choques nos preços do petróleo levarem a inflação brasileira para outro patamar — ela saiu de 0,2% ao mês em 1969 para 1,09% em 1973, quando houve o primeiro impacto, e para 7,3% em 1979, no segundo salto nos preços internacionais do combustível.

A imprensa, nesse momento, assumiu papel fundamental de explicar os seguidos pacotes econômicos. Foram cinco após a redemocratização nos anos 1980 até o Plano Real, criado em julho de 1994, que finalmente estabilizou os preços.

Eram pacotes que obrigavam a população a fazer conversões diárias de preços para saber quanto custava um quilo de arroz. A cada plano a inflação desabava e os juros das prestações das compras a prazo ou de outros financiamentos precisavam ser recalculados. O jornal publicava as tablitas que já traziam o valor a pagar sem a inflação alta prevista antes docongelamento. O Plano Cruzado, em 1986, provocou um boom de crescimento econômico, mas teve fôlego curto e logo a população precisou recorrer ao jornal diário para fiscalizar os preços congelados.

— Não houve período mais complexo para o leitor comum que o dos planos de estabilização. Era muita confusão, muitos problemas decorrentes daquelas intervenções, e os guias do GLOBO, bem didáticos, permitiam que o leitor os guardasse e consultasse — diz Luiz Roberto Cunha, professor de História Econômica na PUC e que acompanhou a ciranda inflacionária desde o início. — Era uma coisa que o jornal físico permitia fazer, ainda num tempo sem internet.

O Plano Real foi desafiador, com a criação da Unidade Real de Valor (URV), atualizada todo dia por índices de preços. Houve cálculo para conversão dos salários, dos aluguéis, o dinheiro teve de ser substituído. No dia seguinte à entrada da nova moeda, o real, o guia do GLOBO indicava os caminhos para o leitor.

Naqueles anos 90 outro assunto ganhou espaço nas páginas: a Defesa do Consumidor, seção criada em 1981, passou para a editoria de Economia e chegou a ser publicada em dois dias na semana, quartas-feiras e domingos (hoje a seção não tem dia fixo). Nela, as cartas com demandas dos consumidores são encaminhadas para as empresas se manifestarem — o índice de solução dos problemas alcançou mais de 95%, garantindo ao serviço uma enorme credibilidade.

— O papel do GLOBO foi importantíssimo. O jornal transformou a informação em cidadania, conectando a comunidade, com precisão e responsabilidade. Não havia naquela época espaços semelhantes que pudessem esclarecer dúvidas e disseminar as boas práticas para o cidadão — conta Maria Inês Dolci, advogada que participou ativamente da consolidação do Código de Defesa do Consumidor de 1990.

Também nos anos 1990 O GLOBO lançou o Boa Chance, imprescindível para quem estava procurando emprego, queria mudar de carreira ou abrir seu próprio negócio. O caderno era voltado para aqueles que buscavam entrar no mercado de trabalho nos anos em que a economia brasileira sofria os efeitos de crises externas como as da Rússia e da Ásia.

Em seguida, veio o Morar Bem (1997). A estabilização da moeda permitiu que a compra da casa própria entrasse no horizonte da população. Os financiamentos habitacionais eram tema recorrente nas páginas, que traziam modelos de empréstimos, dicas de como se planejar para conseguir o imóvel, reajustes dos aluguéis e um espaço para o leitor tirar dúvidas com especialistas no ramo.

O avanço da tecnologia ajudou a explicar ao leitor a Reforma da Previdência, aprovada em 2019. Foi a maior revisão nas regras da aposentadoria desde a Constituição de 1988, com dezenas de regras de transição para os trabalhadores que já estavam no mercado. Como mostrar a situação de cada leitor especificamente? A solução foi a calculadora da Previdência. As novas regras foram inseridas na ferramenta, usada até pelo governo como teste na época. Houve 1,7 milhão de acessos somente nas primeiras 24 horas no ar e, ainda hoje, segue como uma das mais acessadas no site.

A busca mais ávida dos leitores por assuntos pautados pela velocidade das mudanças no cotidiano também transformou o perfil da editoria, que foi dando mais ênfase à área de negócios e tecnologia. O avanço da inteligência artificial, a digitalização da economia, o mundo das startups e das big techs frequentam diariamente as páginas e o site do jornal.

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