A batalha judicial iniciada por Heloísa de Carvalho para ter acesso aos bens do pai, o escritor e astrólogo Olavo de Carvalho, registrou um capítulo importante nos últimos dias.
Excluída do testamento do "guru" do bolsonarismo, Heloísa apresentou à Justiça de São Paulo uma petição questionando a posição de Roxane de Carvalho, ex-mulher de Olavo, como possível inventariante do espólio.
A filha diz que há "obscuridade" quanto a posição de Roxane, pois não houve abertura da listagem dos bens do escritor no Brasil. A ex-mulher de Olavo, por sua vez, garante que não há o que ser discutido no país, já que o conservador possui bens apenas nos Estados Unidos.
"A grande questão é a existência ou não de bens registrados no Brasil, tendo em vista que o ordenamento jurídico de nosso país entende que a Justiça brasileira não deve inventariar bens no exterior. Caso existam bens no país, estes deverão seguir a legislação local. Inclusive, se o testamento tratar de bens registrado no Brasil, este deverá ser validado pela justiça brasileira, em procedimento próprio, para direcionar corretamente a partilha no inventário", explicou advogado Eduardo Faria, do escritório FCMLaw.
Heloísa de Carvalho, aliás, fez referência ao testamento de Olavo, em postagem de meses atrás no Twitter, tratando-o como o "testamento americano" do astrólogo.
"No testamento americano do Olavo, Silvio Grimaldo e Stela Caymmi são beneficiários, mas cadê os dois apoiando Bolsonaro e Olavo na Paulista?", disse a militante de esquerda em fevereiro, por ocasião do ato organizado por Bolsonaro em São Paulo.
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