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Quarta agora, dia 19, o grande Chico Buarque completa oito décadas de vida. Veja o que dizem sobre ele quatro convidados da coluna:

Rosa Maria Araujo, historiadora e presidente do Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro

“Quando Chico Buarque ficou conhecido por seu sucesso com ‘A banda’, há quase 60 anos, ele foi muito comparado a Noel Rosa, que teve a vida interrompida aos 26 anos: ambos filhos da classe média, cariocas, cronistas do cotidiano, poetas românticos, conhecedores da malandragem, autores de obras-primas na música.

Hoje, o Brasil tem o privilégio de comemorar os 80 anos de Chico Buarque de Hollanda sem compará-lo a ninguém na relevância para a cultura brasileira.

Compositor, cantor, escritor de livros premiados, autor de teatro com musicais consagrados como a ‘Ópera do malandro’, Chico segue produzindo pérolas. Com livros, canções e shows que nos emocionam, ele se destaca por seu compromisso com o Brasil e pela luta pela democracia — que já víamos nos anos 1970.

Chico não é só um artista brilhante. É um cidadão carioca que curte a pelada, o banho de mar, que transforma em arte nossas aflições sociais e políticas como em ‘Caravanas’ (2017), disco premiado que nos arrepia, ou no desabafo da nossa dor em ‘Que tal um samba?’.

Além de um garoto esforçado, Chico Buarque é moderno aos 80 anos. Convive com suas três filhas, sete netos, amigos jovens e antigos. Tem parceiros talentosos que vão de Tom Jobim e Vinicius de Moraes a Wilson das Neves e seu neto Chico Brown. Parabéns e obrigada, Chico.”

Antônio Carlos Secchin, escritor e imortal da ABL

"Sou fã condicional de Chico desde o milênio passado. Claro que a admiração é incondicional diante do enorme talento, que testemunhei algumas vezes ao vivo. A cláusula condicional se refere ao fato de ele se esquivar a maiores aproximações com a ABL. A Academia ama Chico, mas amor melhor é amor recíproco.”

Regina Zappa, autora de “Para seguir minha jornada - Chico Buarque”.

“Com o mesmo frescor de 1966, aos 22 anos, quando ‘A banda’ o transformou num popstar, Chico Buarque chega aos 80 trazendo pela mão “Que tal um samba”, sua mais recente composição, um convite “pra desmantelar a força bruta” e lavar a alma. Esse sambista que escreve livros, ou escritor que faz sambas, poeta que tece histórias em suas canções, mas também compositor que reinventa realidades em seus livros nunca deu trégua à criação. Ele é tudo isso e ainda um cidadão que não se cala diante da censura e empunha com coragem sua bandeira.

Já disseram que não dá para imaginar o Brasil sem Chico Buarque, sem sua arte que desvenda para nós a alma lírica e amorosa brasileira, mas também o lado cruel de país desigual. Ele é nosso trunfo. E, para nossa sorte, um criador inquieto e compulsivo, com um longo caminho de prosa, verso e música pela frente.”

Geraldo Carneiro, escritor e imortal da ABL

“Chico Buarque é um criador do tamanho de Antonio Carlos Jobim ou de Vinicius de Moraes. Temos a alegria de comemorar Chico na flor de seus 80. Se os deuses da poesia e da canção nos forem favoráveis, ele continuará a nos encantar com novos sons e palavras. (E vou guardar minhas saudações mais entusiásticas para quando Chico fizer o show de seus 100 anos).”

Mais recente Próxima Duas Linhas e Meia (15-06-2024)

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