Integrantes da cúpula atual do Exército enxergam um suposto “lado positivo” no relato feito por Mauro Cid em sua delação, envolvendo militares do governo Bolsonaro e o debate de um plano golpista. Para eles, os fatos narrados pelo ex-ajudante de ordens da Presidência reforçam a mensagem de generais da ativa de que o Alto Comando, ao menos do Exército, não abraçou a trama.
Como informou a coluna, Cid relata em sua delação que Bolsonaro se reuniu com os comandos da Marinha, Aeronáutica e Exército para debater uma minuta que abriria espaço para um golpe de Estado. Com isso, o presidente Lula seria impedido de assumir o posto.
Havia apreensão nos corredores do Exército. Isso porque, no fim do ano passado, membros do Palácio do Planalto solicitaram a presença do comandante Freire Gomes com frequência.
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Cid disse em sua delação que o comando do Exército afirmou ao então presidente que não abraçaria a iniciativa golpista. Já o chefe da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a seu chamado.
Os militares do Exército admitem, porém, que o episódio traz mais desgastes à imagem das Forças Armadas por mostrar que o debate de um plano golpista chegou à cúpula da entidade por meio do ex-presidente.