Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

Por Bela Megale

Integrantes da cúpula atual do Exército enxergam um suposto “lado positivo” no relato feito por Mauro Cid em sua delação, envolvendo militares do governo Bolsonaro e o debate de um plano golpista. Para eles, os fatos narrados pelo ex-ajudante de ordens da Presidência reforçam a mensagem de generais da ativa de que o Alto Comando, ao menos do Exército, não abraçou a trama.

Como informou a coluna, Cid relata em sua delação que Bolsonaro se reuniu com os comandos da Marinha, Aeronáutica e Exército para debater uma minuta que abriria espaço para um golpe de Estado. Com isso, o presidente Lula seria impedido de assumir o posto.

Havia apreensão nos corredores do Exército. Isso porque, no fim do ano passado, membros do Palácio do Planalto solicitaram a presença do comandante Freire Gomes com frequência.

Cid disse em sua delação que o comando do Exército afirmou ao então presidente que não abraçaria a iniciativa golpista. Já o chefe da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a seu chamado.

Os militares do Exército admitem, porém, que o episódio traz mais desgastes à imagem das Forças Armadas por mostrar que o debate de um plano golpista chegou à cúpula da entidade por meio do ex-presidente.

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