Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

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Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

Por Bela Megale

O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) passou a liderar o ranking da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), que avaliam o grau de transparência das instituições estatais.

No passado, Jair Bolsonaro teve como um dos pilares de sua campanha o mote de que o banco seria uma “caixa-preta”. O governo do ex-presidente chegou a gastar US$ 48 milhões em uma auditoria de contratos e empréstimos do BNDES e não encontrou irregularidades.


O levantamento da CGU , concluído nesta semana, mostra que o banco cumpriu os 49 itens avaliados no quesito de transparência ativa, ou seja, na publicação de informações na internet. Com isso, o BNDES aparece em primeiro lugar. A avaliação verificou dados como publicação de informações sobre receitas e despesas, licitações e contratos, estrutura administrativa, servidores públicos e acompanhamento de obras públicas.

A pesquisa da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil, que inclui o Tribunal de Contas da União (TCU), também elegeu o portal do banco o mais transparente entre as estatais brasileiras analisadas. O BNDES atingiu o índice de 96,81%. Em 2021 esse número era de 81,91%.

— Uma instituição que foi acusada de ser uma caixa-preta atinge o nível de excelência de transparência no TCU e, agora, também da CGU. É uma conquista de toda sociedade e resultado do esforço de um corpo de servidores altamente qualificados, que resistiram a diversos tipos de ataques e que estão resgatando o papel histórico do BNDES de fomento ao desenvolvimento do país — disse o presidente do banco, Aloizio Mercadante, à coluna.

Neste mês, o prédio do banco no Rio de Janeiro vai ser iluminado com imagens de florestas e mar. O objetivo é deixar para trás a caixa-preta vinculada ao BNDES e promover a transparência da estatal.

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