Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

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Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

Por Bela Megale

A Polícia Federal apreendeu na casa do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), o general Augusto Heleno, uma agenda com anotações de próprio punho com teor golpista. Ele foi um dos alvos da operação policial deflagrada nesta quinta-feira que apura o plano de um golpe de Estado.

A agenda, segundo investigadores, contém anotações com teor antidemocrático que convergem com outros documentos golpistas encontrados ao longo da investigação, como o que estava no escritório de Jair Bolsonaro, na sede do PL, apreendido nesta quinta-feira.

Na agenda de Heleno, há anotações a mão sobre limitar o poder de atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mediante a um suposto entendimento jurídico que seria baseado em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU). As anotações também dizem que as ordens de um juiz suspeito seriam ilegais, com possibilidade de prisão do delegado que as cumprisse.

Para a PF, as anotações da agenda do general da reserva mostram que os temas golpistas eram debatidos de maneira recorrente pelo núcleo do governo de Jair Bolsonaro.

Novos papéis também foram apreendidos da casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que mais uma vez foi alvo das buscas. O material está em análise pela PF. No ano passado, uma minuta com uma proposta de golpe foi encontrada no armário do ex-ministro.

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