Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

Por Bela Megale

O embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, evitou responder a maioria das perguntas feitas pelo governo brasileiro sobre a estada de Jair Bolsonaro, por dois dias na embaixada daquele país, após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal.

A coluna apurou que, nos poucos momentos em que respondeu aos questionamentos da embaixadora Maria Luisa Escorel, chefe da Secretaria de Europa e América do Norte do Itamaraty, Miklós Halmai apresentou argumentos alinhados à defesa de Bolsonaro e tratou as pernoites do ex-presidente como algo “corriqueiro”. Como informou o colunista Bernardo Mello Franco, a reunião foi breve e durou cerca de 20 minutos.

Na conversa, Maria Luisa Escorel reiterou os problemas que o ex-presidente tem com a Justiça e as acusações que pesam sobre ele. A embaixadora pontuou que o Brasil é um país democrático, onde existe o direito de ampla defesa.

Conforme reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal "The New York Times", o ex-presidente passou duas noites na Embaixada da Hungria, em Brasília, quatro dias após ter seu passaporte apreendido no âmbito da investigação do golpe de Estado. A Polícia Federal apura o motivo da estada.

Em nota, os advogados de Jair Bolsonaro confirmaram as pernoites do ex-presidente na embaixada, mas alegaram que o motivo seria "manter contatos com autoridades do país amigo” e debater “os cenários políticos das duas nações”.

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