Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

Por Bela Megale

O ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa exigiu que o assassinato de Marielle Franco não fosse realizado em nenhum trajeto envolvendo a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Barbosa foi preso neste domingo, por ter participado dos preparativos do assassinato da parlamentar com os irmãos Brazão, que são os mandantes do crime.

Em sua delação premiada, o ex-policial militar e assassino confesso de Marielle, Ronnie Lessa, afirmou que “aceitou a empreitada homicida, pois os irmãos Brazão expressamente afirmaram que o então chefe da Divisão de Homicídios da PCERJ teria contribuído para preparação do crime, colaborando ativamente na construção do plano de execução e assegurando que não haveria atuação repressiva por parte da Polícia Civil”.

Lessa afirmou que Barbosa exigiu que Marielle “não fosse executada em trajeto de deslocamento de ou para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, pois tal fato destacaria a conotação política do homicídio, levando pressão às forças policiais para uma resposta eficiente”. Segundo o ex-PM, essa exigência foi repassada a ele por meio do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão. Ele e seu irmão são os mandantes do crime, como aponta a Polícia Federal.

O ex-PM relatou em seu acordo que, após iniciar os monitoramentos de Marielle, tentou demover os irmãos Brazão da exigência, mas a proposta foi “prontamente rechaçada”.

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