Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

Aliados e auxiliares de Jair Bolsonaro entraram em pânico com a informação de que a Polícia Federal identificou uma nova pessoa na operação clandestina de venda das joias da Arábia Saudita.

Após a coluna revelar que imagens, documentos e entrevistas colhidas pela PF apontam a participação de outro envolvido na comercialização ilegal das joias em uma loja, em Miami, os bolsonaristas iniciaram uma operação para identificar o alvo.

Até então, a informação que prevalecia era a de que o ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, havia sido o único a ir ao estabelecimento comercial para vender e, depois, recomprar o chamado “kit ouro branco”.

Como informou a coluna, a PF também conseguiu imagens inéditas que confirmam detalhes sobre a comercialização das joias que Bolsonaro se apropriou irregularmente, quando era chefe de Estado. A PF conseguiu, inclusive, imagens dos anúncios feitos para revenda dos ítens.

O “kit ouro branco“ é um conjunto de joias recebido por Bolsonaro durante sua visita oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019, contém anel, caneta, abotoaduras e um rosário islâmico (“masbaha”), todas peças cravejadas de diamantes. O jogo também incluía um relógio Rolex, que foi vendido separadamente, em uma loja da Pensilvânia. No total, o conjunto foi avaliado em pelo menos R$ 500 mil.

Os dados foram levantados pelos policiais federais que estiveram nos Estados Unidos para realizar as últimas diligências no inquérito que apura a apropriação e venda das joias que pertencem ao acervo da Presidência. Os investigadores atuaram com apoio do FBI e ficaram 16 dias em solo americano.

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