Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, afirmou à coluna que o estado adotará tolerância zero em relação a crimes cometidos nos abrigos que recebem as vítimas das enchentes.

— Não vamos admitir crimes em abrigos. A ordem é prender todos os suspeitos de cometer qualquer crime nos abrigos. A população está extremamente fragilizada. Além de reduzir os crimes, precisamos aumentar a sensação de segurança das pessoas — disse Caron à coluna.

O secretário afirma que o governo estadual entrou em uma nova fase da segurança, que é focar nos abrigos. Segundo ele, foram presas, até o momento, 56 pessoas, devido a crimes decorrentes da calamidade, sendo que 11 detenções foram realizadas em abrigos. Seis presos são suspeitos de terem cometido estupro em locais onde as vítimas estão sendo acolhidas.

Caron afirmou que, nos primeiros dias da catástrofe, os policiais estavam voltados para o resgate de pessoas, mas que, agora, o trabalho se concentra em garantir segurança às vítimas.

A expectativa do governo gaúcho é que, até segunda-feira, haja mais 1.260 policiais nas ruas. O reforço virá por meio do chamamento de mil policiais militares da reserva e 260 policiais civis aposentados.

— Todos os inscritos até esta sexta-feira passarão por um treinamento amanhã para atuar na segurança dos abrigos a partir de domingo à noite — disse o secretário.

Caron afirmou que o governo estadual está fazendo um mapeamento junto aos municípios, que têm apontado quais abrigos apresentam maior necessidade de segurança em tempo integral. Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que há 473 abrigos no Estado, sendo que 140 estão em Porto Alegre. A prefeitura da capital informou que 127 deles terão a vigilância noturna, mas a expectativa é que passem a ser durante todo o dia. Também foi anunciada a criação de um abrigo emergencial exclusivo para mulheres e crianças.

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