Bela Megale
PUBLICIDADE
Bela Megale

Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

O senador Flávio Bolsonaro tem atuado para colocar panos quentes na situação, mas a relação de seu pai com o pupilo político Alexandre Ramagem azedou.

Jair Bolsonaro não esconde de aliados sua fúria com o fato de a Polícia Federal ter em mãos uma gravação de uma reunião que teve com Ramagem, apontado pelos investigadores como o responsável pelo grampo. Na ocasião, o então presidente discutia com o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) um plano para blindar o próprio Flávio no caso das rachadinhas, conforme relatório da PF.

O ex-presidente mostrou indignação ao ser gravado clandestinamente por uma pessoa de sua extrema confiança e deixou claro que desconhecia qualquer áudio sobre esse encontro. Segundo aliados, Bolsonaro questionou, aos gritos, como o chefe da Abin grava um presidente.

Na campanha, a leitura é que o conteúdo do áudio terá o poder de ditar os rumos do pleito, inclusive a permanência de Ramagem na corrida eleitoral. É consenso que hoje o único ativo que o deputado tem é ser um homem de confiança de Bolsonaro e que, se isso acabar, mantê-lo na disputa pela prefeitura do Rio será insustentável.

Ramagem estava em um treinamento para melhorar seu desempenho no programa eleitoral de TV quando a informação da gravação veio à tona. Foram poucos os que conseguiram contato com o deputado. Para esses, ele disse que não se recordava da gravação.

Mais recente Próxima Flávio Bolsonaro diz que candidatura de Ramagem no Rio segue de pé: “nada mudou”