Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

A Promotoria Eleitoral de São Paulo se manifestou, nesta segunda-feira, a favor de um pedido da campanha do candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL). A Federação Psol Rede solicitou à Justiça identificar e suspender administradores e usuários de 55 grupos de WhatsApp que vêm disseminando fake news sobre o candidato e o sistema eleitoral.

Documentos apresentados pela campanha mostram que esses grupos têm veiculado ataques à credibilidade das urnas e mentiras sobre um suposto esquema de fraude em benefício do candidato do Psol.

“A identificação de tais usuários, portanto, é medida que se impõe, inclusive para combater a desinformação! Diante de todo o exposto, aguarda-se seja dado provimento à representação, oficiando-se ao FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA. (FACEBOOK BRASIL) para a vinda dos dados dos administradores dos grupos referidos na inicial”, escreveu o promotor da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, Nelson dos Santos Pereira Júnior, em manifestação nesta segunda-feira.

Na peça, o promotor destaca que “a conduta lesiva deve cessar imediatamente” e aponta que “é nítido que os grupos que se pretende identificar tem caráter político e com claro propósito de disseminar desinformação”.

Entre 55 grupos disseminadores de mentiras citados estão “Brasil Conservador”, “Direita Gaúcha”, “Sou Resistência no Mato Grosso”, “E o povo que paga o salário dos políticos”, “Força Rio Grande do Sul”, “Apoio Gabriel Monteiro”, “Partido Brasil Oficial”, “Força Povo”, Patriotas do Brasil”, “Jovens Inconformados”, “Fechado com Bolsonaro” e “Bolsonaro 2026”. 


A manifestação do Ministério Público acontece após o juiz da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, Rodrigo Marzola Colombini, negar a liminar apresentada pela campanha de Boulos solicitando a identificação dos membros dos grupos e a suspensão de seus perfis no WhatsApp. Ele argumentou que o pedido do Psol não se encaixa em propaganda eleitoral antecipada e alega que as mensagens de WhatsApp são de “natureza privada”. O magistrado afirma ainda que “ao se colocar como concorrente a um cargo político, o agente está muito mais sujeito a críticas da opinião pública”.

Uma das mensagens enviadas nos grupos chama a urna eletrônica de “fajuta”, diz que, depois de seu uso, “só aconteceu merda no nosso país” e que “quem conta e soma tudo agora é o software do TSE/STF/Xandão”.

Outro texto ataca diretamente Boulos: “Como pode, uma cidade tão pujante como esta, ser entregue para um desqualificado, bandido, terrorista, mentiroso e hipócrita como esse Boulos”.

O procurador eleitoral diverge da posição do juiz e afirma que “é possível verificar que está sendo veiculada propaganda eleitoral antecipada negativa em desfavor do pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos”.

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