Bela Megale
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Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

O advogado Frederick Wassef teve papel central para que a reunião realizada entre Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e as advogadas de Flávio fosse gravada. Partiu dele o alerta de que uma das defensoras do senador teria supostas relações com o então governador do Rio, Wilson Witzel, inimigo do ex-presidente. Essa é, ao menos, a versão que ele tem sustentado entre seus pares.

Depois que o áudio veio à tona na investigação da Polícia Federal sobre a “Abin Paralela”, o próprio Wassef disse a pessoas próximas que avisou Bolsonaro sobre a presença de uma pessoa ligada a Witzel.

No vídeo em que justifica o autogrampo publicado em suas redes sociais, Ramagem dá a mesma versão, mas preserva o nome de Wassef: “A gravação aconteceu porque veio uma informação de uma pessoa que viria na reunião, que teria contato com o governador do Rio à época e poderia vir com uma proposta nada republicana. A gravação seria, portanto, para registrar um crime contra o presidente da República. Só que isso não aconteceu e a gravação foi descartada.”

Em trecho do áudio, Jair Bolsonaro afirmou que Witzel prometeu resolver o problema de Flávio Bolsonaro na investigação das rachadinhas, em troca de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Witzel rebateu a acusação e disse que “jamais ofereceu qualquer tipo de 'auxílio’ a qualquer um” durante seu governo. “Não foi a primeira vez que (Bolsonaro) mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria, a nível local, o que hoje se está verificando que foi feito com a Abin e Polícia Federal”, diz o ex-governador.

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