Bernardo Mello Franco
PUBLICIDADE
Bernardo Mello Franco

Um olhar sobre a política e o poder no Brasil

Informações da coluna

Bernardo Mello Franco

Colunista do GLOBO e da rádio CBN. Trabalhou na Folha de S.Paulo e no Jornal do Brasil. Foi correspondente em Londres e escreveu o livro "Mil dias de tormenta"

Por

O governo de Israel convocou o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Duque Estrada Meyer, para uma reunião na tarde de segunda-feira.

A medida foi formalizada pouco antes das 21h deste domingo, horário local (16h em Brasília).

Os israelenses devem protestar contra as declaração em que o presidente Lula comparou os bombardeios a Gaza ao Holocausto.

Em princípio, o embaixador brasileiro deve se limitar a ouvir as reclamações e transmiti-las ao Ministério das Relações Exteriores.

A convocação do embaixador não significa um rompimento de relações diplomáticas, mas é um recurso usado para expressar grave insatisfação de um país com outro.

Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que “as palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves”.

Lula já havia classificado a ofensiva militar de Israel em Gaza como um genocídio. O presidente definiu o ataque do Hamas a Israel como terrorista, mas sempre condenou os ataques que têm vitimado a população civil palestina.

No ano passado, o Brasil tentou intermediar um cessar-fogo em Gaza. O Itamaraty propôs uma resolução que previa a interrupção dos ataques de Israel, mas o texto foi vetado pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU.

O embaixador do Brasil em Israel, Frederico Duque Estrada Meyer — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O embaixador do Brasil em Israel, Frederico Duque Estrada Meyer — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Mais recente Próxima A folia de Arthur Lira nas asas da FAB