O governo de Israel convocou o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Duque Estrada Meyer, para uma reunião na tarde de segunda-feira.
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A medida foi formalizada pouco antes das 21h deste domingo, horário local (16h em Brasília).
Os israelenses devem protestar contra as declaração em que o presidente Lula comparou os bombardeios a Gaza ao Holocausto.
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Em princípio, o embaixador brasileiro deve se limitar a ouvir as reclamações e transmiti-las ao Ministério das Relações Exteriores.
A convocação do embaixador não significa um rompimento de relações diplomáticas, mas é um recurso usado para expressar grave insatisfação de um país com outro.
Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que “as palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves”.
Lula já havia classificado a ofensiva militar de Israel em Gaza como um genocídio. O presidente definiu o ataque do Hamas a Israel como terrorista, mas sempre condenou os ataques que têm vitimado a população civil palestina.
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No ano passado, o Brasil tentou intermediar um cessar-fogo em Gaza. O Itamaraty propôs uma resolução que previa a interrupção dos ataques de Israel, mas o texto foi vetado pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU.