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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por Mariana Barbosa

Os chineses estão de mudança para o Leblon. A gigante chinesa State Grid, maior concessionária de energia elétrica do mundo e que no Brasil é dona da CPFL Energia, comprou ainda na planta um prédio inteiro de 54 apartamentos no Leblon.

Com VGV (Valor Geral de Vendas) estimado em mais de R$ 200 milhões, o residencial ocupa dois terrenos na esquina das ruas Bartolomeu Mitre e General San Martin, onde antes havia um posto de gasolina e um predinho.

O edifício fica estrategicamente localizado a uma quadra da praia do Leblon e a uma quadra da estação Antero de Quental --- facilitando a locomoção dos colaboradores até a sede da empresa, que fica próxima à estação Presidente Vargas, no centro.

As obras do edifício foram recém concluídas mas ainda não há ninguém morando nos apartamentos.

De acordo com os registros de imóveis da prefeitura, os terrenos foram vendidos ao incorporador Marcos Cavalcanti em 2019. No ano seguinte, a State Grid registrou em cartório a escritura de cada um dos 54 apartamentos.

O condomínio tem seis unidades por andar, com tamanhos de 100 m² e 135 m2, e seis coberturas. Algumas coberturas foram registradas pelo valor de R$ 9,76 milhões. Um apartamento de 100 m² foi registrado por R$ 2,74 milhões.

Os chineses expatriados têm o costume de morarem próximos uns dos outros. Por uma década, quando o Metrô Rio comprou vagões da China, executivos da empresa fornecedora transformaram uma casa no Parque Guinle em uma “república de executivos”.

VALORIZAÇÃO

A venda do empreendimento inteiro para a State Grid impactou o valor do metro quadrado na Bartolomeu Mitre, uma rua de tráfego intenso e mais comercial que passa por um processo de modernização.

— Tivemos um pico de valorização nos valores médios da rua em 2020 e, novamente, agora em 2022, com outros lançamentos que estão surgindo no entorno do prédio da State Grid — diz Adriana Socci Barbosa, sócia da ASB Soluções Imobiliárias e fundadora da calculadora imobiliária RioM².

Adriana desvendou o mistério do proprietário do Residencial Bartolomeu Mitre, que vinha sendo mantido em segredo, em uma consulta aos registros de imóveis da prefeitura.

De acordo com a calculadora RioM², o metro quadrado efetivamente vendido na Bartolomeu Mitre foi de R$ 20.745 em 2020. Em 2019, a média do metro quadrado foi de R$ 18.238. E, em 2021, caiu para R$ 17.717. Geralmente, cerca de 20 a 30 apartamentos mudam de mão na Bartolomeu Mitre a cada ano. Em 2020, este número subiu para 87 por conta das 54 unidades registradas pela State Grid.

Desde o início deste ano, já foram vendidos 23 imóveis na Bartolomeu Mitre, com um m² médio de R$ 22.649 — valor ainda abaixo do pico de 2016, de R$ 23.002.

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