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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por Rennan Setti

Clientes da renda fixa do Nubank, vocês não estão sós. A plataforma Comdinheiro fez um levantamento sobre a quantidade de cotistas de fundos com alguma exposição a títulos de dívida da Americanas: 31,7 milhões. O resultado dá um indicativo sobre as possíveis implicações sistêmicas do ocaso da varejista.

O levantamento considerou apenas títulos de crédito — ou seja, não entram na conta veículos que investem em ações da empresa. No universo estudado, foi levado em conta tanto debêntures emitidas pela própria Americanas como papéis menos tradicionais e de estrutura mais complexa.

— Um exemplo são as operações pelas quais o banco antecipa aos fornecedores da Americanas o valor a receber, e a varejista fica com dívida com o banco. Tem fundo de investimento que compra desses bancos certos títulos associados àquelas operações, com risco da Americanas, não do banco — disse à coluna o diretor do Comdinheiro, Rafael Paschoarelli.

Segundo Paschoarelli, pouco menos de 500 fundos compram títulos da Americanas (ou com risco da varejista) diretamente, mas milhares de outros veículos têm em suas carteiras as cotas daqueles fundos, alastrando a exposição aos papéis.

— É por isso que o número de 31,7 milhões tem vários casos de dupla ou tripla contagem. Porque é impossível saber quando um mesmo investidor é cotista de mais de um desses fundos. Mas o número mostra como o impacto é abrangente — ponderou Paschoarelli.

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