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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por Mariana Barbosa

A partir do Parque Tecnológico da Unicamp, um time de engenheiros de software está “conspirando” para provocar uma disrupção no mercado de prestação de serviços de TI.

Usando inteligência artificial e machine learning, o time vem desenvolvendo algoritmos para facilitar o “match” entre prestadores de serviços de TI e empresas contratantes, independentemente do porte.

Em um mercado dominado por gigantes como Accenture, Stefanini, Deloitte e Avanade, a Match IT dá visibilidade para empresas de pequeno e médio porte, que recebem selos por desempenho e satisfação de clientes e também por atributos ESG, como políticas de diversidade de gênero.

A diversidade começa na própria MatchIT, fundada pela engenheira Rose Ramos. Mas diferentemente dos sócios e do time de engenheiros de software, Roseane não é formada em TI, mas em engenharia de alimentos. Foi da sua experiência em empresas como Pepsico e Natura, atuando do outro lado do balcão, contratando profissionais de TI, que percebeu a oportunidade.

— As pesquisas mostram que 76% dos tech buyers (contratantes) consideram a compra complexa — diz Roseane, que além de CEO da MatchIT, também preside a Unicamp Ventures, iniciativa de apoio ao empreendedorismo da universidade.

A startup não cobra pelo match. A empresa contratante apresenta a demanda e em três minutos a plataforma faz a conexão com três prestadores de serviço.

A plataforma entrou no ar em janeiro do ano passado e vem sendo continuamente aprimorada com o suporte de pesquisadores do Instituto de Computação da Unicamp, por meio de um convênio pago pela startup.

Nesses primeiros 12 meses, a MatchIT intermediou R$ 20 milhões em serviços de TI, conectando 350 compradores, sendo metade grandes empresas, a 1.100 prestadores de serviço. O plano é chegar a 9 mil usuários ativos na plataforma até o final do ano que vem.

A MatchIT ganha dinheiro com planos de assinatura que começam em R$ 1.500 e que dão acesso com uma oferta de serviços premium. Entre eles, a criação de um perfil mais robusto com apresentação de cases em vídeo, para compradores, e ajuda na elaboração do briefing para tornar a busca mais assertiva, para os compradores. Assinantes também têm acesso a uma rede de contatos e eventos de networking, e à emissão de selos de certificação — desde que aprovados em um processo de análise de risco e de qualidade de serviço.

Hoje são 24 assinantes pagantes e a meta é chegar a 90 até o fim do ano.

A MatchIT vem sendo financiada por capital dos sócios e de investidores anjo, que juntos já aportaram mais de R$ 1 milhão. A plataforma conta, ainda, com financiamento em pesquisa do programa PIPE fase 1 da Fapesp, para evolução dos algoritmos com práticas de inteligência artificial como machine learning e programação de linguagem natural.

Rose conta que está iniciando conversas com investidores para uma rodada seed de R$ 2 milhões e que também vai pleitear investimento do PIPE Fase 2 da Fapesp, envolvendo machine learning e práticas aplicadas a chat inteligente.

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