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Informações da coluna

Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por Rennan Setti

Quando a pandemia chegou, a WeWork enxergou nela uma ameaça existencial: se nem o escritório resistiria ao “novo normal”, que dirá o co-working… Mas, passado o baque, a empresa está apostando nos comportamentos que emergiram da crise, do trabalho remoto ao híbrido. Uma das estratégias é o recém-lançado marketplace, que conecta escritórios coletivos de concorrentes na mesma plataforma e está agora sendo ampliado — com o plano de crescer de 4 mil para 40 mil usuários no ano.

— Nessa nova conjuntura, o profissional não vai sempre ao escritório e não vê sentido em levar uma hora para chegar até ele. Percebemos, então, que a capilaridade da WeWork passa a ser insuficiente. No Rio, por exemplo, a WeWork estava no Santos Dumont, no Centro e na Barra, o que não atendia a essa nova demanda — conta Bruna Neves, diretora de produto da WeWork na América Latina e responsável pela criação do marketplace.

A WeWork tem apenas 32 unidades próprias em oito cidades, mas o marketplace — batizado de Station by WeWork e lançado no fim do ano passado para clientes corporativos — já abrange 300 escritórios de co-working em 85 cidades. (A principal concorrente, a multinacional Regus, não está plugada a ele).

O modelo passou a ser oferecido a pessoas físicas — como profissionais liberais — no mês passado e está sendo expandido oficialmente para Rio agora, chegando a 20 unidades no estado, em cidades como Niterói, Paraty, Búzios e Duque de Caxias. Alguns dos co-workings funcionam em hotéis.

— Eles viram no modelo a oportunidade de monetizar um espaço que já existia, aproveitando, por exemplo, a demanda de profissionais que querem esticar o fim de semana no destino turístico ou que trabalham da casa de praia e precisam eventualmente de uma estrutura mais profissional — explica.

Vale-escritório

Segundo a executiva, a aposta é que o marketplace ofereça a capilaridade a companhias que buscam flexibilidade no modelo híbrido. A WeWork ganha uma taxa que varia de 10% a 25% sobre o valor de locação, dependendo do tipo de espaço (estação de trabalho, sala de reunião etc.). O modelo ainda representa uma fatia irrisória do seu faturamento, mas a WeWork acha factível que 30% das reservas venham do marketplace dentro de cinco anos.

O novo modelo está sendo expandido juntamente com a oferta do Workpass, espécie de vale-escritório que permite às companhias clientes oferecerem aos funcionários acesso a qualquer unidade do marketplace.

— Entendemos que a casa não é nossa concorrente, e que o escritório não precisava ser nosso único produto. Nosso posicionamento agora é o do “anywhere office”. Toda grande empresa está com essa necessidade hoje, e temos sido procurados para prover soluções. Nossa visão é que esse novo formato de escritório pode ser oferecido como benefício corporativo — acrescenta a diretora de produto da WeWork, que fará ação de marketing no Rio, de 22 de fevereiro a 3 de março, circulando um escritório itinerante gratuito por Zona Sul e Barra da Tijuca.

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