O empresário Nelson Tanure, que acaba de atingir fatia de 28% na Light, voltou a conversar com representantes dos credores financeiros da empresa ontem, segundo fontes. Foi a segunda conversa em menos de uma semana.
A expectativa de quem acompanha as conversas é que Tanure leve à destituição da Laplace como assessora financeira da concessionária e crie um comitê de negociação sem a presença de Octavio Pereira Lopes, o CEO da Light que nutre uma conflituosa relação com os fundos que detém debêntures (títulos de dívida) da empresa.
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Observadores do mercado acreditam que a meta de Tanure — que não tinha uma única ação da Light até o início de maio — seja bater mais de 30% de participação. O número tem uma razão de ser: essa é a participação que Ronaldo Cezar Coelho e Beto Sicupira detêm juntos no negócio. Os dois mantêm um acordo e costumam agir de maneira coordenada na gestão da empresa.
Ou seja, Tanure já é o maior investidor individual, mas quer se tornar mais relevante que qualquer outro grupo de acionistas.
— Ele está “raspando” o mercado para chegar a essa posição — diz um gestor, explicando a estratégia de Tanure para comprar ações da Light.
Desde que o empresário começou a comprar, os papéis da companhia já dispararam quase 170% na Bolsa.
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