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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por Mariana Barbosa

O preço médio do metro quadrado no balneário de Camboriú, em Santa Catarina, é hoje o mais valorizado do Brasil, segundo levantamento da FipeZAP+ com dados de julho. No entanto, apesar da orla de Camboriú exibir os residenciais mais altos e suntuosos da América Latina, atraindo celebridades como o jogador Neymar Jr, ela não é mais cara que a praia do Leblon, no Rio.

Os mesmos R$ 60 milhões que Neymar pagou por um quadriplex de 1,2 mil m² na cobertura do Yatchhouse Residence Club, um condomínio com duas torres de 81 andares, compraria uma cobertura de 803 m² em um prédio de 5 andares na Av. Delfim Moreira, esquina com a Aristides Espínola. Esse foi o valor pago por um imóvel adquirido em setembro do ano passado, de acordo com a ferramenta RioM².

Esta tampouco foi a transação com o metro quadrado mais valorizado do Rio. O recorde segue com o edifício Juan les Pins, também na orla do Leblon. Em 2017, um apartamento de 560 m² — que não era na cobertura — no Juan les Pins mudou de mãos por exatos R$ 60 milhões — o que equivale a R$ 107.143/ m². (Neymar, que recebeu as chaves do apartamento em Santa Catarina esta semana, pagou R$ 50.000 por m². Na cobertura do Leblon, vendida no ano passado, o m² saiu por R$ 74.719.)

Com uma pequena negociação, os R$ 60 milhões de Neymar dariam pra comprar os dois últimos apartamentos disponíveis no TOM Delfim Moreira, empreendimento da Gafisa construído em um terreno onde ficava a última casa da orla do Leblon. A previsão de entrega é para o primeiro trimestre do ano que vem. No prédio de apenas seis unidades, de 4 suítes cada e cerca de 300 m², ainda estão disponíveis o 1º e o 5º andar. O primeiro está anunciado por R$ 30,3 milhões, e o segundo, por R$ 32,9 milhões.

O metro quadrado pedido pelo imóvel do 5º andar hoje supera o recorde do Juan Les Pins: R$ 115.964. No primeiro andar, a empresa está pedindo R$ 96.165 pelo m². Esses preços podem explicar a demora para a venda dos imóveis, avalia Adriana Socci Barbosa, da ASB Soluções Imobiliárias e criadora do RioM². Há cinco anos, o primeiro andar no Juan le Pins saiu por R$ 76.428/m².

Na orla carioca Neymar teria uma metragem menor do que em Camboriú, mas teria mais sol — ativo que falta no balneário catarinense por conta do sombreamento causado pelos prédios altíssimos à beira mar.

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