Capital
PUBLICIDADE
Capital

Informações exclusivas, análises e bastidores do mundo dos negócios.

Informações da coluna

Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por

A defesa de Sérgio Rial indicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que deseja fazer um acordo para encerrar o processo relacionado à Americanas no qual ele é réu. O ex-CEO “relâmpago” da varejista fez a indicação em 1º de setembro, e esse movimento lhe garante 30 dias úteis para apresentar uma proposta de termo de compromisso — expressão da burocracia da CVM para acordos.

No mesmo processo, a defesa do outro réu, João Guerra Duarte Neto, também indicou que pretende apresentar um acordo. O executivo substituiu interinamente Rial no comando da companhia após a revelação da fraude contábil multibilionária da Americanas.

O processo se refere à forma como a Americanas comunicou seu rombo contábil ao mercado, sendo duramente criticada por investidores e especialistas em governança.

A companhia divulgou um fato relevante após o fechamento da Bolsa em 11 de janeiro, informando que Rial estava renunciando ao cargo de CEO após apenas nove dias, alegando ter encontrado “inconsistências contábeis”, mas deixando mais dúvidas do que certezas sobre o que de fato ocorreu.

Diretora financeira também quer acordo

Em outro processo, a diretora financeira da Americanas que assumiu após o escândalo, Camille Loyo Faria, também sinalizou a intenção de fazer um acordo. A executiva foi acusada em um caso sobre eventual falha na divulgação das propostas de capitalização pelos principais acionistas da varejista — Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Rial, Duarte Neto e Camille foram os primeiros acusados em uma série de investigações abertas pela autarquia sobre o escândalo. Seus casos são, de longe, os mais simples e não entram em detalhes sobre a fraude em si, mas sobre a comunicação entre a companhia e o mercado após a eclosão do escândalo.

Os termos de compromisso envolvem o pagamento de uma quantia pelo réu, sem a necessidade de admissão de culpa. As propostas são avaliadas por um comitê da CVM e podem ser aceitas ou não pelo órgão.

Mais recente Próxima O ex-sócio da XP que está erguendo projetos de meio bilhão em Jericoacoara

Inscreva-se na Newsletter: Capital