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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por

A Claybom, uma das principais margarinas do portfólio da BRF (dona de Sadia e Perdigão), está adaptando sua "garota-propaganda" — a Menininha Nhac, criada em 1970 — a um zeitgeist pró-diversidade e inclusão. Originalmente desenhada com pele branca e cabelos loiros, a “mascote” da Claybom vai ganhar a companhia de quatro outras meninas, cada uma com características diferentes: cadeirante, negra, ruiva e de ascendência oriental.

A mudança faz parte de um reposicionamento de marca que inclui a adição de creme de leite à receita da Claybom e tem como pano de fundo uma acirrada disputa pelo mercado de margarinas no pós-pandemia — com a rival JBS dobrando a aposta em marcas como Doriana e Delícia.

A Menininha Nhac foi a “cara” da Claybom por décadas, mas acabou sumindo das embalagens em 2010. Em 2016, a BRF a resgatou com apenas leves atualizações.

Embalagens

As novas meninas foram criadas em parceria com a agência Africa Creative e vão protagonizar uma nova campanha de comunicação. A partir da virada do ano, elas começam a aparecer nas embalagens de forma aleatória.

— Esperamos que a nova estratégia leve a um movimento de experimentação, que os consumidores busquem na gôndola uma menina com quem se identifiquem — explica Luiz Franco, diretor-executivo de marketing e inovação da BRF. — Essa é uma categoria com enorme volume e que viveu um salto de demanda na pandemia, com as pessoas em casa. Daí a concorrência acirrada por um pedaço de um segmento que se estabilizou em patamar elevado.

A BRF é líder na categoria com a Qualy, que responde por 35,9% dos gastos dos consumidores com margarina no Brasil, segundo dados da NielsenIQ citados por Franco. Outra marca sua, a Deline, que tem foco nas regiões Norte e Nordeste, é a vice-líder (11,3%). A Claybom — que foi vendida pela Unilever à Perdigão em 2007 — detém 6,5%.

Já a JBS, dona da Doriana, comprou o negócio de margarinas da Bunge por R$ 700 milhões, trazendo para seu portfólio marcas como Delícia, Primor e Gradina.

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