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Informações da coluna

Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Máquinas de tomografia e ressonância magnética custam milhões, mas, não raro, ficam paradas por falta de gente para operá-las. Para atenuar o problema, uma startup de São José dos Campos (SP), a IONIC Health, criou uma tecnologia que permite a operação remota dos equipamentos, independentemente da fabricante. Após cinco anos mirando quase que exclusivamente o mercado nacional, a IONIC acaba de fechar contrato com um gigante global para espalhar a solução mundo afora — afinal, nesse nicho, a escassez de mão de obra não tem endereço.

A GE HealthCare, que vale R$ 160 bilhões na Nasdaq e é uma das principais fabricantes de tomógrafos no mundo, assinou acordo exclusivo de distribuição global da tecnologia brasileira.

— Vamos conseguir acessar mais de 20 países graças à GE. Multiplicamos por dez nosso mercado endereçável potencial — afirma José Leovigildo Coelho, CEO e cofundador da IONIC.

O contrato abrange a segunda geração do nCommand, conjunto de software e hardware que viabiliza a automação e o acesso remoto às máquinas. A startup ainda precisa do aval de autoridades sanitárias nos EUA e na Europa. A expectativa de Coelho é que as autorizações saiam até a metade do ano que vem.

Hoje, a solução da IONIC está plugada a 400 máquinas pelo Brasil, cujo parque de aparelhos total supera 8 mil unidades. Metade dos 20 principais grupos de saúde brasileiros é cliente, entre eles Dasa e Hapvida. A receita anual é maior que R$ 15 milhões. O time tem 150 pessoas, e a fábrica fica no parque tecnológico de São José dos Campos.

— Com a internacionalização, teremos centros de distribuição e suporte nos EUA e na Europa, mas continuaremos produzindo aqui. Somos uma empresa brasileira — disse o CEO da IONIC, que recebeu aporte de R$ 25 milhões de um family office em 2021.

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