Capital
PUBLICIDADE
Capital

Informações exclusivas, análises e bastidores do mundo dos negócios.

Informações da coluna

Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por

O Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido de recuperação judicial da SouthRock Capital, operadora da Starbucks no Brasil. Conforme decisão anterior de segunda instância, o pedido foi deferido sem a inclusão dos negócios das marcas Subway e Eataly.

A empresa tem dívidas de R$ 1,8 bilhão e entrou com pedido de recuperação judicial no dia 31 de outubro. Na época, o juiz indeferiu todos os pedidos de tutela de urgência feitos pela SouthRock, incluindo uma demanda para a manutenção do contrato com a Starbucks Inc, rompido pela empresa nos EUA por atraso no pagamento de royalties e outras obrigações.

Inicialmente, a empresa incluiu a operação do hub de gastronomia Eataly no pedido, mas depois desistiu. O juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1a Vara de Falências do TJ-SP, havia negado a desistência da Eataly, alegando fazer parte do mesmo grupo econômico e que a exclusão seria prejudicial aos credores, mas a decisão foi reformada em segunda instância, pelo desembargador Sérgio Shimura. O juiz Santos também havia proferido decisão pela inclusão dos negócios da Subway no polo ativo da recuperação, mas a mesma também foi derrubada pela instância superior.

DESPEJO

Na mesma decisão de segunda instância, proferida no dia 7 de dezembro, foi determinada a suspensão da execução das ordens de despejo das lojas da Starbucks, cujos alugueis estão atrasados. A rede chegou a ter 187 lojas da marca no país, mas boa parte foi fechada nos últimos 40 dias.

-- A simples suspensão dos despejos por 180 dias talvez não seja suficiente para dar perenidade a uma atividade em que a operação é integralmente dependente de lojas físicas. Será preciso encontrar uma solução paralela, como uma mediação, por exemplo, para que a empresa consiga recuperar as lojas e, com isso, poder elaborar um plano efetivo de soerguimento, em benefício dos trabalhadores e credores em geral -- diz Gabriel de Britto Silva, advogado especializado em direito empresarial.

Em nota, a SouthRock afirmou estar "totalmente dedicada a tomar todas as medidas legais cabíveis para agilizar a conclusão de cada uma das fases processuais" e que todos os compromissos assumidos com credores serão respeitados. A empresa disse ainda que durante o processo de recuperação as marcas do portfólio SouthRock – Starbucks, TGI Fridays, e B.A.R. – Brazil Airport Restaurants – "seguem operando normalmente".

Mais recente Próxima O Brasil do contrafilé (mas sem bacalhau): consumo de carne e ovo dispara; peixes e suínos afundam

Inscreva-se na Newsletter: Capital