Capital
PUBLICIDADE
Capital

Informações exclusivas, análises e bastidores do mundo dos negócios.

Informações da coluna

Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por

O debate sobre as chances de o bitcoin substituir o ouro como reserva de valor um dia segue inconclusivo nos círculos de entusiastas, mas os dois ativos têm inequivocamente algo em comum a partir de agora: estão no seu melhor momento, batendo seus respectivos recordes históricos de preço nesta terça-feira.

O bitcoin atingiu nova máxima histórica, encostando nos US$ 69,2 mil e atingindo US$ 1,35 trilhão em valor de mercado, calcula a agência Bloomberg, citando dados da CoinGecko. Segundo analistas, dois fatores têm impulsionado o bitcoin nas últimas semanas. Um deles foi a listagem dos chamados ETFs “spot” (à vista) de bitcoin. O produto permite que, na prática, qualquer investidor compre e venda a moeda digital na Bolsa dos EUA como se fosse uma ação — abrindo o que entusiastas vêm chamando de “nova fronteira” para o bitcoin junto a investidores do maior mercado do mundo.

Também vem alimentando o rali a expectativa pelo chamado “halving”. Trata-se de uma mudança periódica nas regras de funcionamento do bitcoin que corta à metade as “recompensas” dadas aos “mineradores” — os computadores plugados à plataforma que resolvem os desafios matemáticos impostos por cada transação com bitcoin e, em troca, recebem uma fração das novas criptomoedas geradas no processo.

Já o ouro atingiu máxima histórica alimentada por especulações sobre cortes de juros pelo Federal Reserve nos EUA e pelos riscos geopolíticos que têm atraído investidores para o metal, considerado um porto seguro. De acordo com a Bloomberg, a cotação do ouro subiu até 1,3%, para US$ 2.141,79 a onça-troy, nesta terça-feira. O recorde anterior, de US$ 2.135,39, era de dezembro.

Segundo o Financial Times, outro fenômeno tem ajudado o ouro: uma demanda inédita vinda de investidores chineses, que vem procurando o metal como alternativa diante da turbulência nos mercados acionário e imobiliário no país.

Mais recente Próxima StopClub levanta R$ 6 milhões para escalar serviços para motoristas de aplicativo

Inscreva-se na Newsletter: Capital