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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

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A Compliasset — uma startup carioca que nasceu como planilha de Excel, se tornou um software para compliance comumente adotado por gestoras de Faria Lima ao Leblon e foi vendida para a Sinqia —, quer ampliar seu escopo de atuação. O plano é “atacar” outros mercados regulados, como bancos, escritórios de agentes autônomos, empresas de consórcios e até companhias abertas.

— A cultura de compliance é muito frágil no Brasil. Isso abre uma oportunidade pra gente entrar em todo mercado regulado. Se a gente puder, a gente entra até em mercado de plano de saúde (risos)… Todo setor que lida com carga regulatória é um cliente em potencial — conta Dan Strougo, cofundador e CEO da Compliasset.

Designer por formação, Strougo fundou a Compliasset em 2016 ao lado da mulher, a advogada Nicole Dyskant, que prestava consultoria de compliance para gestoras do mercado financeiro. (Nicole foi sócia da gestora de criptoativos Hashdex e hoje é “advisor” do unicórnio cripto israelense Fireblocks).

O software nascido a partir dos Excels de Nicole reúne todas as obrigações de conformidade às normas que os clientes devem seguir, com sistema para registro de documentos e processos e uma plataforma de treinamento. Há um ano, o conglomerado de tecnologia Sinqia pagou R$ 18 milhões por 60% do negócio. Os 40% restantes detidos pelos fundadores devem ser vendidos até 2026.

Segundo Strougo, a Compliasset fechou 70 contratos novos no ano passado e possui 480 empresas atendidas, a maioria gestoras e fundos de pensão. Com o incentivo do cheque da Sinqia na mesa, a startup tem a ambição de crescer até 60% este ano.

— A gente precisa alavancar a operação a partir da base de clientes da Sinqia. A companhia tem, por exemplo, 140 bancos na sua base. É um filão no qual podemos crescer. A gente está se conveniando junto à Ancord (associação de agentes autônomos e corretoras) para que nossos treinamentos valham ponto na avaliação do segmento. A gente quer crescer nesse filão também — acrescenta Strougo.

Como toda startup hoje, a Compliasset quer explorar a Inteligência Artificial para ganhar escala:

— Para crescer rápido, esses processos que dependem de criação de conteúdo são um obstáculo. Estamos investindo em IA para conseguir treinar um modelo que nos permita colocar de um lado qualquer nova regulação e, do outro, ter um resultado que entronize essas regras no sistema de maneira automatizada.

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