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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

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A exuberância do e-commerce na pandemia foi, claro, um ponto fora da curva. Mas o crescimento do segmento no Brasil daqui para frente deve ser mais lento que o registrado antes mesmo do abalo da Covid, calculam os analistas do BTG Pactual, em relatório especial sobre o setor enviado a clientes no fim de semana.

O banco estima que o varejo on-line brasileiro — ou seja, sem contar produtos importados —vendeu R$ 254 bilhões no ano passado e deve alcançar R$ 465 bilhões até 2027. Esse ritmo de crescimento — de 16% ao ano, em média — é menor que os 20% registrados entre 2015 e 2019, no pré-pandemia, quando o e-commerce ainda engatinhava por aqui. Assim, a marca de meio trilhão em volume de vendas só deve ser batida em 2028.

R$ 20 bi da Shopee

“Continuamos a observar quatro tendências para o ecommerce brasileiro nos próximos anos: (i) menor crescimento do GMV (sigla em inglês ara o volume total de vendas), refletindo menor renda disponível e restrições de capital, bem como um retorno às vendas em lojas físicas; (ii) foco na lucratividade (menor foco em categorias não lucrativas) e preservação de caixa; (iii) competição de alguns players internacionais (Shein, Shopee e, no futuro, Temu); e (iv) maior consolidação do mercado entre alguns players, um processo que está pronto para se acelerar”, resumiram os analistas.

Parte importante dos bilhões gastos pelos brasileiros está indo para e-commerces estrangeiros. O BTG calcula, por exemplo, que a Shopee tenha vendido R$ 20 bilhões no Brasil no ano passado. Já a Shein deve ter vendido cerca de R$ 10 bilhões, segundo os analistas.

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