Bombando: a região do Rio onde não há qualquer metro quadrado vazio nos galpões

A área compreende municípios como Resende, Porto Real e Volta Redonda, que concentram atividade industrial importante em setores como siderurgia e automóveis. Além disso, a região é cortada pela Rodovia Presidente Dutra e oferece acesso facilitado tanto ao mercado da capital fluminense quanto aos dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

A vacância zero na região pode ser lida como um indicativo de demanda aquecida por bens duráveis na economia como um todo.

Até o fim de 2023, a região do Vale do Paraíba Fluminense ainda registrava algum espaço vazio (1,91%), mas agora o número foi a zero. As empresas dos segmentos de eletrônicos (76%), embalagens (19%) e bens de capital (2%) são as que mais locam área na região, na qual a cidade de Resende lidera em volume de estoque de galpões (126 mil metros), seguida por Itatiaia (26 mil).

Segundo a SiiLA, a performance positiva do mercado de galpões do Rio em geral se deve à absorção líquida positiva de 22,4 mil metros quadrados — ou seja, as companhias estão alugando galpões em velocidade que supera eventuais devoluções e a abertura de novos condomínios logísticos.

A empresa mais voraz em locações de galpões no Rio no trimestre foi a Shopee, que absorveu mais de 36 mil metros quadrados no galpão que a firma de logística GLP mantém em plena Avenida Brasil, na altura de Campo Grande, Zona Oeste da capital.

O Rio é o segundo maior mercado de galpões no Brasil, com 2,7 milhões de metros quadrados e atrás apenas do colossal estoque de São Paulo, com mais de 13,9 milhões de metros quadrados.