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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

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Inicialmente prevista para esta terça-feira no Senado, a votação da taxação dos importados está emperrada por uma questão paroquial: a disputa pela vaga de candidato a vice-prefeito de Maceió nas próximas eleições.

O relator do PL 914/24, que cria o programa Mover de incentivos à indústria automobilística — com a taxação dos e-commerces estrangeiros entrando de carona —, é o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL). Acontece que Cunha disputa a vaga de vice na chapa de João Henrique Caldas (PL) com um rival indicado do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), o Davi Davino Filho (PP).

A disputa está empacando o acordo costurado a duras penas por Lira e a indústria e o varejo nacionais, que haviam conseguido sensibilizar o presidente da Câmara sobre os efeitos da isenção de impostos para compras até US$ 50 em e-commerces como Shein, Shopee e Ali Express nos 18 milhões de empregos nacionais.

O senador Rodrigo Cunha já declarou que vai retirar o 'jabuti' das blusinhas do PL, como mostrou o Globo, mas a decisão final será do plenário. A alteração do texto no Senado, porém, pode fazer com que o projeto volte novamente para a Câmara.

O acordo fechado por Lira na Câmara, de uma alíquota de 20% na faixa até US$ 50, foi menor do que esperavam a indústria e varejo nacionais, que queriam uma alíquota maior, mas maior do que o pretendido por alguns e-commerces, que defendiam a manutenção da isenção. Ou seja, os defensores dos dois lados tiveram que ceder para chegar a um acordo.

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