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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

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Em uma decisão liminar proferida nesta terça-feira (4), a Justiça do Rio deu 48 horas para que o Hurb atenda a pedidos de reembolso de clientes que não conseguiram viajar.

A liminar foi deferida atendendo a uma demanda de duas ações civis públicas movidas há mais de um ano pelo Ministério Público (de dezembro de 2022) e pelo Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci), de abril de 2023. As ações tramitam em conjunto.

Na liminar, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4a Vara Empresarial do Rio, determinou multa diária de R $ 10 mil para o não cumprimento dos pedidos de reembolso. A decisão determina ainda que a Hurb cumpra com o que foi ofertado nos pacotes vendidos, “observando as datas opcionais fornecidas pelo consumidor de modo que seja efetivamente cumprido o serviço turístico contratado, bem como a fornecer as informações inerentes a tal serviço”. O descumprimento da medida também implicará em pena de multa de R$10 mil.

O juiz negou um pedido de bloqueio das contas da Hurb. Até o fechamento desta reportagem, a agência de turismo virtual ainda não havia sido intimada da decisão.

— Resta clara a ocorrência de descumprimento de oferta, cometimento de publicidade enganosa aos consumidores que compraram pacotes de viagens, passagem aérea e terrestres e hospedagem e passeios, bem como ficou caracterizada a não realização das restituições dos valores pagos quando requerido pelos consumidores — diz Gabriel de Britto Silva, diretor jurídico do Instituto Brasileiro de Cidadania e especialista em direito do consumidor.


Agência digital que nasceu como Hotel Urbano, o Hurb cresceu com ofertas agressivas de pacotes flexíveis, sem data definida. Quando a demanda de viagens voltou com força em 2022, a empresa não conseguiu honrar pacotes vendidos durante a pandemia — e as reclamações dispararam. A empresa chegou a ser proibida de vender pacotes flexíveis, mas meses depois, como mostrou a coluna, seguia oferecendo.

Em nota, o Hurb diz que "não comenta processos judiciais e/ou ações em andamento", mas que está "à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos".

"O Hurb ressalta que segue trabalhando em força-tarefa para a normalização das suas operações e reitera o comprometimento com a realização das viagens adquiridas, bem como com a devolução de valores solicitados por clientes que optaram pelo cancelamento do serviço. Frisa ainda que, em prol da escuta ativa e cuidado com seus públicos, está à disposição para esclarecer eventuais dúvidas", disse a empresa na nota.

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