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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

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O Comitê Independente criado para apurar as fraudes nas Americanas concluiu as investigações e deve fazer uma apresentação para a companhia e o Conselho de Administração da companhia “nas próximas semanas”. Em fato relevante divulgado há pouco, a Americanas confirmou a conclusão do relatório do Comitê e disse que, após a apresentação e analise do relatório, caberá ao conselho de administração da Companhia deliberar sobre as medidas eventualmente cabíveis.

Anunciado logo após a revelação da fraude bilionária em janeiro do ano passado, o comitê foi liderado pelo advogado Otávio Yazbek, com a participação do escritório Maeda, Ayres & Sarubbi e da consultoria EY. A previsão inicial é de que as análises durariam 6 meses, mas o trabalho levou um ano e meio. A conclusão da investigação aconteceu dias após a deflagração da operação Disclosure da Polícia Federal e do Ministério Público Federal e que resultou na prisão do ex-CEO Miguel Gutierrez na Espanha. Ele foi solto no dia seguinte mas terá de se apresentar à polícia quinzenalmente.

O comitê realizou 250 entrevistas e analisou o conteúdo de 1,2 milhão de documentos. No total, foram analisados 74 terabytes de dados, com a preservação de dados estruturados de cerca de 11 sistemas corporativos e de cerca de 2.300 fontes corporativas de dados não-estruturados de aproximadamente 360 custodiantes.

Não fizeram parte das análises do comitê o conteúdo de “acordos de colaboração premiada ou acordos administrativos em processo de supervisão celebrados entre ex-colaboradores da Companhia e autoridades competentes, incluindo aqueles relacionados à Operação Disclosure”.

O fato relevante publicado pela companhia trás um comunicado do Comitê, no qual este afirma que sua atuação ocorreu de forma independente das investigações conduzidas pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, CVM e outros, ou mesmo a auditoria interna da própria companhia. "O comitê esclarece que que as análises conduzidas não serviram de base para os trabalhos da Polícia Federal que resultaram na Operação Disclosure", afirmou na nota.

A Operação Disclosure resultou em 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A investigação também contou com o apoio técnico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores de ex-diretores, que somam mais de meio bilhão de reais.

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