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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

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Símbolo da carestia do consumo nos aeroportos, o pão de queijo com preço nas alturas não foi suficiente para pagar as despesas da Casa do Pão de Queijo nem mesmo nos aeroportos. Da dívida total de R$ 57,5 milhões apresentada pela varejista em seu pedido de recuperação judicial, quase 20% é relativo a débitos com as concessionárias de aeroportos. A empresa deve R$ 8,1 milhões em alugueis atrasados para o aeroporto de Guarulhos, R$ 1 milhão para a Inframérica (Aeroporto de Brasília), R$ 1,19 milhão para a concessionária Fraport (Porto Alegre e Fortaleza) e outros R$ 400 mil para a Aeroportos do Nordeste. Há ainda uma dívida pequena de R$ R$ 89 mil com o aeroporto de Viracopos (Campinas).

Além das dívidas trabalhistas e com credores quirografários, com ou sem garantias, que podem ser reconhecidas na recuperação judicial, a empresa deve mais R$ 53,2 milhões em créditos extra-concursais, onde se incluem tributos, INSS e outros.

O Itaú BBA é de longe o maior credor da Casa do Pão de Queijo: tem R$ R$ 21 milhões a receber na recuperação. E outros R$ 24 milhões em dívidas extra-concursais.

No pedido de recuperação, a empresa apresentou dentre os motivos para o descontrole financeiro as enchentes do Rio Grande do Sul, que levaram ao fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. A empresa deve R$ 556 mil para a Fraport no Sul. Nos demais aeroportos, não houve enchente, mas as dívidas são proporcionais ao tamanho das operações e número de lojas em cada aeroporto.

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