Diogo Dantas
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Diogo Dantas

Bastidores dos clubes e da seleção brasileira e notícias do mercado da bola

Informações da coluna

Diogo Dantas

Repórter com mais de 10 anos de experiência. No GLOBO, cobriu Copas do Mundo, foi setorista do Flamengo e especializou-se nos bastidores e mercado da bola.

Tite vive o momento mais tenso e delicado no comando do Flamengo desde que assumiu o cargo, há oito meses. Mas a diretoria não cogita a saída do treinador neste momento.

Há cobranças, no entanto, direcionadas à cúpula do futebol, para que o técnico tenha a rota ajustada para que a equipe volte a dar uma resposta antes da possível eliminação na Libertadores.

A derrota do Flamengo para o Palestino no Chile não teve a presença do presidente Rodolfo Landim. O mandatário decidiu que não viajaria para a partida, como fez da última vez, alegando um quadro viral.

Desta forma, Landim deixou o vice de futebol isolado na possibilidade de uma derrota que se confirmou e aumentou as cobranças sobre a diretoria para interferir no trabalho de Tite.

O planejamento do departamento de futebol conta com o treinador e não houve até a derrota desta terça-feira qualquer tipo de cobrança a Tite para que algo seja feito de maneira diferente.

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Desde que o Flamengo caiu de produção, o presidente Landim se afastou um pouco mais de viagens e do vestiário, e a "batata quente" está nas mãos de Braz e do diretor Bruno Spindel.

No ano passado, antes de demitir Sampaoli, Landim se aproximou do dia a dia no Ninho do Urubu, o que costuma fazer em momentos de crise, para acompanhar o que acontece no futebol.

Mesmo assim, a presença mais constante só tem servido para no fim das contas o Flamengo trocar o comando técnico, já que Braz e Spindel seguem intocáveis na gestão do atual presidente.

Quanto custa a troca?

A saída de Tite do Flamengo passaria também por outras questões, como a financeira. O treinador tem contrato até dezembro deste ano e caso fosse demitido receberia os salários até lá.

Na estimativa do clube, o custo mensal de mais de R$ 1 milhão da comissão do treinador geraria multa de cerca de $ 7 milhões, com encargos.

Além disso, o Flamengo já havia indicado o desejo de mantê-lo a longo prazo e considera que não há no mercado atualmente um nome que tenha peso para substituí-lo no cargo nesta temporada.

O nome dos sonhos da torcida desde 2019 é Jorge Jesus, que tem contrato com o Al Hilal até o fim de junho, e indicou recentemente que não sabia ainda do seu futuro.

Internamente no Flamengo, é praticamente descartado que o presidente Landim ceda a uma nova tentativa por Jesus, mesmo em ano eleitoral, com a necessidade de eleger um sucessor.

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