Tite vive o momento mais tenso e delicado no comando do Flamengo desde que assumiu o cargo, há oito meses. Mas a diretoria não cogita a saída do treinador neste momento.
Há cobranças, no entanto, direcionadas à cúpula do futebol, para que o técnico tenha a rota ajustada para que a equipe volte a dar uma resposta antes da possível eliminação na Libertadores.
A derrota do Flamengo para o Palestino no Chile não teve a presença do presidente Rodolfo Landim. O mandatário decidiu que não viajaria para a partida, como fez da última vez, alegando um quadro viral.
Desta forma, Landim deixou o vice de futebol isolado na possibilidade de uma derrota que se confirmou e aumentou as cobranças sobre a diretoria para interferir no trabalho de Tite.
O planejamento do departamento de futebol conta com o treinador e não houve até a derrota desta terça-feira qualquer tipo de cobrança a Tite para que algo seja feito de maneira diferente.
Leia também:
Desde que o Flamengo caiu de produção, o presidente Landim se afastou um pouco mais de viagens e do vestiário, e a "batata quente" está nas mãos de Braz e do diretor Bruno Spindel.
No ano passado, antes de demitir Sampaoli, Landim se aproximou do dia a dia no Ninho do Urubu, o que costuma fazer em momentos de crise, para acompanhar o que acontece no futebol.
Mesmo assim, a presença mais constante só tem servido para no fim das contas o Flamengo trocar o comando técnico, já que Braz e Spindel seguem intocáveis na gestão do atual presidente.
Conheça algumas das transferências mais caras do futebol brasileiro
Quanto custa a troca?
A saída de Tite do Flamengo passaria também por outras questões, como a financeira. O treinador tem contrato até dezembro deste ano e caso fosse demitido receberia os salários até lá.
Na estimativa do clube, o custo mensal de mais de R$ 1 milhão da comissão do treinador geraria multa de cerca de $ 7 milhões, com encargos.
Além disso, o Flamengo já havia indicado o desejo de mantê-lo a longo prazo e considera que não há no mercado atualmente um nome que tenha peso para substituí-lo no cargo nesta temporada.
O nome dos sonhos da torcida desde 2019 é Jorge Jesus, que tem contrato com o Al Hilal até o fim de junho, e indicou recentemente que não sabia ainda do seu futuro.
Internamente no Flamengo, é praticamente descartado que o presidente Landim ceda a uma nova tentativa por Jesus, mesmo em ano eleitoral, com a necessidade de eleger um sucessor.