Diogo Dantas
PUBLICIDADE
Diogo Dantas

Bastidores dos clubes e da seleção brasileira e notícias do mercado da bola

Informações da coluna

Diogo Dantas

Repórter com mais de 10 anos de experiência. No GLOBO, cobriu Copas do Mundo, foi setorista do Flamengo e especializou-se nos bastidores e mercado da bola.

Duas semanas de espera e nada. Com a demora da Caixa Econômica em dar o preço para o terreno que administra no Centro do Rio, Flamengo e Prefeitura se reunirão na próxima segunda-feira para estipular cronograma que independa do banco, e que pode redundar na desapropriação da área.

Leia também:

O encontro terá a presença do prefeito Eduardo Paes, que já deu alguns recados sobre a possibilidade de desapropriar a área, e de dirigentes do Flamengo, com os quais se reuniu quando falou pela primeira vez sobre a intenção de retomar o terreno para o poder público.

O que será discutido

Na reunião de segunda-feira, a pauta passa por criar um cronograma de trabalho sobre o terreno e que essa solução tenha uma data definida independente da vontade da Caixa Econômica. O temor do Flamengo e da Prefeitura é que o banco crie dificuldades e leve o assunto para o período eleitoral no fim do ano, tanto no clube como no município.

A intenção é que essa mobilização local na cidade também sirva como um recado para que os políticos de Brasília que fazem a interlocução com o Flamengo e com a Caixa consigam levar ao banco a necessidade de uma resposta mais rápida sobre o preço do terreno. O último encontro do banco com o Flamengo ocorreu na Prefeitura e houve promessas de avanço.

O Flamengo deseja pagar R$ 250 milhões e a Caixa já indicou que gostaria de vender por mais, pois administra a área que pertence a um fundo de investidores. Nesse cenário, o Prefeito Eduardo Paes já avisou que a operação será benéfica para todos, pois vai valorizar a região, que possui outros terrenos administrados pela Caixa.

Parte dos recursos para a compra do terreno virão através da transferência do potencial construtivo da Gávea, sede do Flamengo, que ainda depende de aprovação na Câmara dos Vereadores. Na Câmara, uma frente parlamentar foi criada para discussão do tema, mas ela depende que o terreno seja de fato do Flamengo, ou desapropriado pela Prefeitura.

O potencial construtivo se refere à quantidade de construção permitida em um terreno de sua propriedade. Esta medida é utilizada para controlar o crescimento urbano, de acordo com o plano diretor de cada cidade. Em vez de construir na Gávea, o Flamengo usaria o recurso para o estádio.

Mais recente Próxima Ex-presidente do Corinthians dá nova versão sobre nota de R$ 7,3 mil de restaurante