Guga Chacra
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Guga Chacra

Colunista do Globo e comentarista de política internacional da Globonews.

Informações da coluna
Por — Nova York

RESUMO

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GERADO EM: 29/08/2024 - 15:46

Tensões aumentam no Oriente Médio

O Hezbollah planeja uma ação militar em resposta ao ataque de Israel que matou seu comandante. A escalada de tensões pode levar a uma guerra total, apesar de não ser do interesse de nenhum lado. O Irã também busca retaliar ataques. A situação no Oriente Médio é delicada e pode envolver os EUA.

O Hezbollah deve realizar nos próximos dias ação militar classificada pelo grupo como uma resposta ao bombardeio de Israel que matou o mais importante comandante militar da organização no sul de Beirute. O próprio líder da milícia libanesa, Hassan Nasrallah, disse na quinta-feira que será inevitável para o grupo responder.

O alvo, levando em conta as regras do jogo entre o Hezbollah e Israel, tende a ser algo próximo a Haifa ou Tel Aviv, o que será considerado inaceitável para Israel. Haverá uma escalada clara e a possibilidade de uma guerra total é enorme, por mais que não seja do interesse de nenhum dos lados e também do Líbano, onde a imensa maioria da população se opõe ao grupo xiita e não quer um conflito militar.

Israel e Hezbollah enfrentam uma guerra de atrito na fronteira entre os dois países desde o atentado do Hamas em 7 de outubro. Ambos calibram suas ações para evitar uma escalada. Mas sempre houve o risco de uma ação mal calculada. No fim de semana passado, essa teria ocorrido com um ataque atribuído ao Hezbollah que matou 12 crianças drusas nas Colinas do Golã, um território sírio anexado ilegalmente por a Israel — o grupo nega envolvimento.

Se o cenário já é grave no caso do Hezbollah, temos de levar em conta que o regime do Irã também planeja uma resposta à morte do líder do Hamas em atentado à bomba em Teerã atribuído a Israel. Para completar, um cessar-fogo em Gaza está muito mais distante.

Nunca estivemos tão perto de uma guerra total no Oriente Médio como agora. Uma guerra que pode inclusive sugar os EUA.

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