Mulheres só ocuparão vagas paritárias aos homens nas diplomacias brasileiras, seguido o ritmo atual de recrutamento do Ministério das Relações Exteriores, daqui a 88 anos — mais precisamente em 2110. É o que indicam dados acadêmicos inéditos utilizados pela Associação de Mulheres Diplomatas Brasileiras, para pedir a ampliação da parcela feminina do corpo diplomático do país, hoje restrita a 23% dos cargos, segundo a entidade.
Uma assembleia entre as diplomatas, na segunda-feira, vai debater ações que possam levar o Itamaraty a reverter o quadro de desigualdade de gênero em todos os seus níveis hierárquicos.
A disparidade alarma a associação sobretudo porque a primeira mulher a ingressar na política externa nacional, a baiana Maria José de Castro Rebello Mendes, deu esse passo há 105 anos. De lá para cá, ainda há obstáculos para que outras sigam a mesma trajetória.
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